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Ledecky fica fora do pódio nos 200m, mas leva ouro nos 1500m

Principal nome da natação dos EUA na Olimpíada, atleta decepciona em prova mais curta, mas garante topo do pódio em outra disputa em Tóquio

28 jul 2021 - 01h11
(atualizado às 01h11)
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Principal nome da natação dos Estados Unidos, Katie Ledecky teve um dia de altos e baixos nas finais disputadas na noite desta terça-feira, pelo horário de Brasília. A atleta de 24 anos decepcionou nos 200 metros livre, mas fez história ao faturar a primeira medalha de ouro olímpica dos 1.500m, prova que fez sua estreia no programa olímpico nos Jogos de Tóquio.

Katie Ledecky exibe a medalha de ouro conquistada na prova dos 1500m livre em Tóquio
Katie Ledecky exibe a medalha de ouro conquistada na prova dos 1500m livre em Tóquio
Foto: Rob Schumacher/USA Today/Reuters

Como costuma fazer nesta distância, a mais longa nas provas disputadas em piscina, Ledecky liderou do começo ao fim e venceu com ampla vantagem. Ela terminou a prova com o tempo de 15min37s34. O recorde mundial, que é seu, é de 15min20s48. A prata foi para a compatriota Erica Sullivan, com 15min41s41, e o bronze para a alemã Sarah Kohler, com 15min42s91.

Acostumada a dominar a provas de fundo e meio-fundo, Ledecky tem hegemonia nos 1.500m. Ela detém nada menos que os 12 melhores tempos da história na distância. Mas, se brilha com folga na longa distância, a norte-americana vem perdendo o domínio nas provas intermediárias, de média distância.

Foi o que também aconteceu nesta terça, manhã de quarta no Japão Algo raríssimo em sua trajetória, Ledecky ficou de fora do pódio nos 200 metros livre. Foi apenas a quinta colocada, com 1min55s21. Quase dois segundos atrás da australiana Ariarne Titmus, com 1min53s50, novo recorde olímpico. Haughey Siobhan Bernadette, de Hong Kong, foi prata, com 1min53s92, e a canadense Penny Oleksiak faturou o bronze, com 1min54s70.

Ledecky era a campeã olímpica da prova, com o ouro no Rio-2016, e era a dona da melhor marca do ano até então, com 1min54s40, quase um segundo abaixo do que ela registrou nesta terça. Para se ter uma noção de como surpreendeu o resultado em Tóquio, foi a primeira vez em 36 finais, contando grandes competições, como Olimpíadas, Mundiais e Pan-Pacífico, que Ledecky ficou fora do pódio.

Foi a segunda vez que a americana foi surpreendida nesta Olimpíada. No Centro Aquático de Tóquio, na segunda-feira, ela precisou se contentar com a prata, ao ser batida também por Titmus, nos 400 metros livre. Ledecky chegou ao Japão com seis medalhas olímpicas, sendo cinco de ouro. Ela nunca havia perdido o ouro numa disputa individual em Olimpíadas até então, em sua terceira participação nos Jogos.

As finais desta terça também foram de decepção para a húngara Katinka Hosszu. A "Dama de Ferro" ficou sem medalha e longe do pódio nos 200 metros medley. Acostumada a dominar as piscinas entre 2012 e 2016, a nadadora de 32 anos foi apenas a sétima colocada, com 2min12s8, distante do recorde mundial, de 2min06s12, que é dela própria - também detém o recorde olímpico.

A medalha de ouro foi para a japonesa Yui Ohashi, com 2min08s52. As norte-americanas Alex Walsh e Kate Douglass, com 2min08s65 e 2min09s04, respectivamente. Foi o segundo título olímpico de Ohashi, que vem se destacando na natação em Tóquio ao lado da australiana Ariarne Titmus, também dona de dois ouros.

No masculino, o norte-americano Caeleb Dressel confirmou com tranquilidade a sua vaga nas finais dos 100 metros livre. Mas a estrela dos Estados Unidos não foi o mais rápido das semifinais. Anotou 47s23, acima dos 47s11 do Kliment Kolesnikov, do Comitê Olímpico Russo. O Brasil não contou com representantes na disputa. Gabriel Santos e Pedro Spajari foram eliminados ainda na fase classificatória.

A final da prova mais tradicional da natação está marcada para a noite desta quarta-feira, pelo horário de Brasília.

Fonte: Estadão Conteúdo
Estadão
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