Malabarismo e acupuntura: os segredos do bronze de Japinha
Augusta Akio terminou a competição do skate park na terceira colocação e lamentou por Pedro Barros
Augusto Akio, o Japinha, tem um jeitinho só dele. A fala pausada, segundo o medalhista de bronze, é para que todos possam compreender e prestar atenção. Após brilhar na final do skate park, ele fez questão de enaltecer Pedro Barros e lembrar de todos os que trabalham para fazer a Olimpíada ao acontecer.
A cobertura dos Jogos de Paris no Terra é um oferecimento de Vale.
Durante a sessão de foto com o bronze, ele recebeu um pin de uma voluntária e resolveu prendê-lo na medalha. "Você vai colocar aí?", ouviu. "Claro, é uma maneira de valorizar essa galera que rala para caramba para fazer a parada acontecer."
Durante o tempo que ficou lesionado, ele desenvolveu a habilidade no malabarismo e diz que a técnica o ajuda. "É uma maneira das pessoas poderem me identificar. Elas passam, olham e perguntam: 'Você que é o Japinha do malabaris, do skate? Para ser skatista, você precisa ser um pouco malabarista."
O skatista também é adepto da acupuntura, influenciado pelo mãe, que é médica e aplica a técnica nos pacientes. Ele disse que o tratamento ajuda a tratar as lesões, já que o "skate é muita pancada".
Ainda sem conseguir definir o que sentiu com a conquista da medalha de bronze, ele comprovou que no skate não tem rivalidade e lamentou por ter tirado o pódio do compatriota Pedro Barros, que acabou na 4ª colocação.
"Foi duro porque eu queria ter visto o Pedro [Barros] no pódio, eu sinto, eu sei que ele é merecedor, ele é merecedor tanto quanto eu, ali foi uma questão mesmo de critérios, talvez de manobras técnicas, né, tipo, eu sei que eu fiz um flip com uma certa rotação do corpo, mas essa aí a gente quase não conta, porque é só o 180 que facilita, se for reto, voltando de costas, é mais difícil", argumentou.
Agora, Japinha só quer saber de voltar para casa e andar de skate com os amigos. Para ele, o mais legal da modalidade é curtir com os amigos.