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Marcell Jacobs ganha o ouro olímpico nos 100 metros e é o novo homem mais rápido do mundo

Italiano vence prova com o tempo de 9s80; americano Fred Kerley é prata e o canadense Andre De Grasse, bronze

1 ago 2021 - 10h30
(atualizado às 10h44)
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O mundo conheceu neste domingo o seu novo homem mais rápido. Trata-se do italiano Marcell Lamont Jacobs, medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio após vencer a prova dos 100 metros rasos em 9s80. É, desde 2004, o primeiro campeão olímpico após a era Usain Bolt, que já correu em 9s58 (recorde mundial). Por quase uma década inteira, o jamaicano reinou sozinho nas pistas com três ouros em sequência tanto nos 100 metros quanto nos 200 metros rasos também. Agora, a coroa da prova mais veloz do atletismo está com Marcell Jacobs.

A medalha de prata ficou com o norte-americano Fred Kerley, que fez 9s84. O canadense Andre De Grasse completou o pódio com 9s89. O corredor britânico Zhamel Hughes queimou a largada e foi desclassificado. Ele estava arrasado.

A disparada explosiva de Marcell Jacobs rumo ao ouro foi impressionante e surpreendeu os seus adversários. Nos metros finais, já não havia mais quem o alcançasse. Jacobs se tornou o primeiro atleta italiano campeão olímpico dos 100 metros na história e o primeiro europeu desde o britânico Linford Christie em Barcelona-1992.

A prova no estádio Olímpico de Tóquio foi marcada por muito suspense, com doses extras de adrenalina após o britânico Zharnel Hughes ser eliminado por queimar a largada. Na segunda largada, Jacobs se mostrou imbatível, e ainda olhou rapidamente para o lado antes de cruzar a linha.

A bem da verdade é que a definição do novo campeão olímpico dos 100 metros foi bastante imprevisível. Desde a aposentadoria de Bolt, em 2017, ninguém se apresentou como protagonista na prova. Para completar, o campeão mundial Christian Coleman não participou dos Jogos de Tóquio após punição por recusa em fazer testes antidoping.

Até o ouro de Jacobs neste domingo, a disputa estava em aberto e vários candidatos bem cotados a um lugar no pódio ficaram pelo meio do caminho. Para se ter ideia, nenhum atleta jamaicano conseguiu vaga na final. Ou seja, o trono de Bolt estava vago.O jamaicano mais perto de ocupá-lo era Yohan Blake, de 31 anos, campeão mundial em 2011 e prata na Olimpíada de 2012. Mas ele nem estava na prova.

Teve também o exemplo do americano Trayvon Bromell, dono do melhor tempo na temporada, com 9,77 segundos. Ele desembarcou em Tóquio super badalado, mas acabou falhando na semifinal ao correr em 10 segundos e ficou fora da decisão. Pior aconteceu com o japonês Ryota Yamagata, dono do recorde nacional com 9s95, que parou ainda nas fase eliminatória. No final, quem levou a melhor foi Marcell Jacobs.

Estadão
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