Marta diz que prata em Paris foi adeus à seleção: 'Em 2027, no estádio aplaudindo'
Com o vice olímpico, Rainha do Futebol projeta a própria carreira e diz que deseja continuar 'contribuindo com a seleção'
Chegou ao fim o ciclo de Marta na seleção brasileira de futebol feminino? É o que deu a entender a Rainha após a conquista da medalha de prata no torneio dos Jogos Olímpicos de Paris, neste sábado, 10. À imprensa, no entanto, a jogadora diz que deseja continuar 'contribuindo' com a seleção.
A cobertura dos Jogos de Paris no Terra é um oferecimento de Vale.
Sem Marta, que foi suspensa por dois jogos após expulsão na fase de grupos da Olimpíada, a seleção comandada por Arthur Elias conquistou classificações heróicas sobre a França, nas quartas, e Espanha, na semi. Na grande decisão, a Rainha começou o jogo no banco de reservas.
Aos 38 anos, Marta chegaria à próxima Copa do Mundo, em 2027, com 41. Apesar de ser referência, a seis vezes melhor do mundo deu a entender que não continuará a atuar com a Canarinho e revelou os planos para o próximo Mundial, que será sediado no Brasil: "[Estarei] no estádio, aplaudindo as meninas".
A jogadora aponta, no entanto, que não pretende se afastar do futebol e que deseja continuar auxiliando a seleção brasileira, sem dar mais detalhes: "Não sei o que pode acontecer, não sei quais os planos da seleção, mas meu plano é poder continuar contribuindo com a seleção de alguma maneira. Porque isso é minha vida, eu não vou me afastar do futebol".
"Eu vou procurar contribuir de alguma maneira com essa geração que são meninas muito talentosas e muito conscientes daquilo que a gente pode alcançar. Eu tenho muito orgulho, são vinte e poucos anos fazendo o que eu mais amo", celebrou a Rainha.
Em uma edição de Olimpíada marcada pela igualdade dos gêneros, Marta encerra sua história sem uma reparação histórica. Merecia ser vista no lugar mais alto do pódio e receber todas as glórias de uma grande campeã olímpica.
A história da camisa 10 desta campanha foi cheia de altos e baixos. Ela recuperou a titularidade com Arthur Elias, mas acabou expulsa na última rodada da fase de grupos, levou dois jogos de suspensão e perdeu as quartas e a semifinal. Na decisão, começou no banco e entrou quando as rivais abriram o placar. Com a faixa de capitã, tentou, mas não conseguiu impedir um novo revés.