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Mayra Aguiar transforma o bronze em Tóquio em uma tradição

Judoca é a primeira mulher brasileira a conquistar três medalhas seguidas em disputas individuais em Jogos Olímpicos

29 jul 2021 - 07h03
(atualizado às 07h18)
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Mayra Aguiar sabe o que é subir em um pódio olímpico. Foi assim em 2012, em Londres, quando conquistou o bronze. O mesmo cenário se repetiu, quatro anos mais tarde, diante da torcida brasileira no Rio de Janeiro. Em Tóquio, a gaúcha, de 29 anos, mantém o que virou uma tradição: a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos.

Mayra fica emocionada com o bronze conquistado em Tóquio Júlio César Guimarães/COB
Mayra fica emocionada com o bronze conquistado em Tóquio Júlio César Guimarães/COB
Foto: Júlio César Guimarães / COB

A judoca brasileira leva para a capital do Rio Grande do Sul a alegria de ser a primeira mulher brasileira a conquistar três medalhas seguidas em disputas individuais em Olimpíadas. A marca não é apenas histórica para o judô, como também para o País. Mayra é mais um fruto da Sogipa (Sociedade de Ginástica Porto Alegre). O local é uma fábrica de medalhistas olímpicos no tatame.

A primeira medalha conquistada pelo Brasil no judô na Olimpíada de Tóquio também veio de um atleta do clube porto-alegrense. Daniel Cargnin não carregava o peso de favorito, mas a medalha foi ganhando forma luta a luta. João Derly é um dos maiores expoentes da modalidade. E serve de exemplo para os jovens judocas que buscam realizar seus sonhos olímpicos.

Mayra Aguiar tem um jeito sóbrio enquanto luta. Parece determinada a vencer os mais difíceis combates. Se perde, como perdeu nesta quinta-feira ainda nas quartas de final, não disiste e mantém vivo o desejo de levar orgulho à sua terra, companheiros, técnicos e família. Mayra foi para os Jogos como favorita. E respondeu como esperado. Depois de uma derrota, vieram dois triunfos e a medalha.

Após a vitória sobre a sul-coreana Hyunji Yoon na disputa de terceiro lugar, Mayra Aguiar relatou toda sua angústia vivida nos últimos anos, em um ciclo olímpico que durou cinco anos e foi marcado pela crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. Se não bastasse, a judoca precisou superar uma grave lesão no joelho e ficou meses sem competir. O ritmo poderia ser um problema. O medo perseguiu. A aflição bateu à porta. Mas Mayra deu um ippon em tudo isso, imobilizou quaisquer dificuldades e fez história.

Estadão
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