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Medalha no skate: esporte já foi proibido em São Paulo nos anos 80; entenda

Então prefeito na época, Jânio Quadros vetou a prática na modalidade em 1988, e ela só voltou a ser liberada na gestão de Luiz Erundina, hoje deputada federal

28 jul 2024 - 20h18
(atualizado às 21h13)
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Foto: REUTERS/Pilar Olivares

O Brasil conquistou neste domingo, 28, três medalhas - uma de prata e duas de bronze - nos Jogos Olímpicos de Paris. Dois pódios vieram com os judocas Willian Lima e Larissa Pimenta, e o terceiro com a skatista Rayssa Leal, que ficou na terceira colocação geral do Skate Street feminino.

Modalidade olímpica nos jogos de Tóquio 2020, o skate que hoje faz o País crescer no quadro de medalhas - e suar frio na frente da televisão pela expectativa de bons resultados - já sofreu também com vetos e preconceitos no passado. Um caso emblemático de perseguição à prática do esporte aconteceu na maior cidade da América do Sul, nos anos 1980.

O skatista brasileiro Bob Burnquist, já considerado o melhor do mundo, relatou em entrevistas que era comum ter o skate apreendido naquela época, e praticantes levados à delegacia.

Os atritos começaram a se encerrar no ano seguinte, em 1989, com a eleição de Luiza Erundina (PSOL-SP), hoje deputada federal, para a prefeitura de São Paulo. Assim que assumiu o posto, ela permitiu o uso do skate logo na primeira semana de mandato.

Em uma matéria do Estadão, de 8 de janeiro daquele ano, intitulada "Erundina começa a mostrar o seu estilo", o jornal destaca que "o retorno dos skatistas ao Parque do Ibirapuera" - junto com as bicicletas e os comerciantes ambulantes na Sé - foi uma das mudanças "mais visíveis" da então nova gestão.

Em 2021, quando o skatista brasileiro Kelvin Hoefler conquistou a medalha de bronze no skate street nos Jogos Olímpicos de Tóquio, Erundina usou as redes para comemorar e lembrar de um dos atos que inaugurou a sua gestão.

"E a nossa primeira medalha na Olimpíada de Tokyo veio justamente do Skate, com o atleta Kelvin Hoefler. Hoje, um esporte olímpico, no passado, discriminado e proibido em São Paulo, que Erundina liberou! Parabéns Kelvinho!", disse a parlamentar na época.

Neste domingo, após a conquista de Rayssa, Erundina também comentou o feito da brasileira, mas de forma mais comedida: "Parabéns, Rayssa Leal! Medalha de bronze pra nossa fada! Viva o Skate!"

Estadão
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