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Médica conta que Flávia Saraiva precisou trocar curativo três vezes durante competição: 'Ela foi gigante'

Ginasta brasileira teve um corte na região da sobrancelha e equipe médica precisou aplicar uma cola de pele, usada para fechar feridas

30 jul 2024 - 17h03
(atualizado às 17h04)
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Flávia Saraiva
Flávia Saraiva
Foto: Amanda Perobelli

Durante o aquecimento para a competição de ginástica artística, a atleta Flávia Saraiva sofreu uma queda ao realizar um movimento na paralela, o primeiro aparelho de sua sequência. O acidente resultou em um corte profundo na região da sobrancelha que causou sangramento, mas isso não fez que com que a ginasta desistisse de competir.

Em entrevista à impresa, a médica do COB, Lara Ramalho, responsável pelo atendimento médico da atleta, relatou os procedimentos adotados para conter o sangramento e permitir que Flávia continuasse na competição.

"Desde o princípio, a Flávia, no aquecimento da paralela, que era o primeiro aparelho, teve uma queda e teve um trauma ali, bem na região da sobrancelha. Então, abriu, sangrou bastante a região. O que a gente precisava fazer era estancar o sangramento para ela poder voltar para o aparelho", explicou

Para controlar a situação, a equipe médica limpou a área afetada e aplicou uma cola especial, usada para fechar feridas na pele. "A gente até usou uma cola que a gente chama de dermabond, que é uma cola de pele, para a gente conseguir realmente fechar. E deu certo," explicou a profissional.

Ao longo da competição, a doutora Lara e sua equipe monitoraram constantemente o estado de Flávia, verificando os sintomas e o sangramento. "A gente precisou trocar o curativo três vezes durante a competição," disse Lara. Em alguns momentos, Flávia retornava à área médica para trocar o curativo, pois o corte continuava a sangrar levemente.

Flávia apresentou alguns sintomas comuns de trauma na cabeça, como dor e tontura, mas garantiu repetidamente à equipe médica que se sentia bem e estava apta a continuar. "Ela teve alguns sintomas do choque de cabeça mesmo. Então, são sintomas esperados. Teve um pouco de dor. Em um momento, ela ficou um pouco tonta, mas foi muito rápido, muito momentâneo. A gente, toda hora, pediu o feedback dela. Ela dizia que estava tudo bem, que estava se sentindo bem para fazer o aparelho."

A determinação de Flávia foi destacada pela doutora Lara, que elogiou a performance da ginasta mesmo sob circunstâncias adversas. "Ela arrasou. Até falei que ela foi gigante nessa competição."

Para os cuidados pós-competição, Flávia precisará aplicar gelo na área afetada para minimizar o hematoma e observar qualquer novo sintoma que possa surgir nos próximos dias. A equipe médica ainda avaliará a necessidade de pontos adicionais ou outros procedimentos para garantir a completa recuperação da ginasta.

"A gente vai tentar ver se a gente consegue usar alguns artifícios como ponto falso, como a própria cola, ou se realmente vai precisar suturar. Mas isso a gente vai ainda reavaliar", disse a médica. 

Fonte: Redação Terra
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