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Mulheres garantem ouros e maioria das medalhas do Brasil nos Jogos de Paris

11 ago 2024 - 10h49
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A campanha brasileira nos Jogos Olímpicos de Paris foi dominada pelas mulheres, responsáveis por 12 das 20 medalhas do país e as únicas do Brasil a subirem ao lugar mais alto do pódio, com as medalhas de ouro de Beatriz Souza no judô, Rebeca Andrade na ginástica artística e Ana Patrícia e Duda no vôlei de praia.

Rebeca Andrade comemora medalha de ouro no solo dos Jogos de Paris
05/08/2024
REUTERS/Amanda Perobelli
Rebeca Andrade comemora medalha de ouro no solo dos Jogos de Paris 05/08/2024 REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

Pela primeira vez na história olímpica do país as mulheres foram maioria na delegação nacional, com 153 representantes do sexo femino entre os 277 atletas do Time Brasil, o equivalente a 55% total. A representação se traduziu também no quadro de medalhas, onde elas foram decisivas para a participação brasileira.

O Brasil fechou sua participação em Paris com três medalhas de ouro, sete de prata e dez de bronze, na segunda melhor participação do país em Jogos no total de medalhas, atrás apenas das 21 conquistadas em Tóquio há três anos. No total de ouros, que define a posição no quadro de medalhas, o país ficou aquém das sete conquistadas tanto no Japão quanto na Rio 2016.

Os Jogos de Paris coroaram Rebeca Andrade como a maior medalhista olímpica do país, agora com seis no total. Na capital francesa, a ginasta protagonizou alguns dos principais momentos da Olimpíada ao rivalizar com a lenda norte-americana Simone Biles. A brasileira levou a melhor no solo, ganhando o ouro, e também conquistou prata no indidivual geral e no salto (ficando apenas atrás de Biles) e bronze por equipes, em uma medalha inédita para o Brasil.

"Estou muito orgulhosa do pódio, orgulhosa das mulheres, orgulhosa de mim e de tudo o que a gente está construindo", disse Rebeca após ganhar a medalha de ouro e ser reverenciada no pódio por Biles e pela também norte-americana Jordan Chiles.

O primeiro ouro do Brasil em Paris veio com Beatriz Souza na categoria pesado do judô. Aos 26 anos, a paulista de Itariri disse se inspirar nas mulheres de sua família.

"Fico muito feliz de ter alcançado tudo isso... Estou muito bem servida de inspiração. Não só dentro do tatame, com parceiros incríveis de seleção, mas dentro de casa, com minha mãe, avó e irmã. Eu sempre procurei ser inspiração da mesma forma que eu também fui muito inspirada por mulheres fortes, guerreiras, pretas", afirmou.

Bia ainda ajudou a equipe a levar medalha de bronze. Em uma disputa emocionante contra a Itália, o triunfo foi obtido graças à luta de desempate vencida por Rafaela Silva, campeã olímpica da Rio 2016, que deixou escapar por pouco uma medalha individual em Paris, ao receber uma punição no "golden score".

O judô garantiu outras duas medalhas em Paris: prata de Willian Lima e bronze de Larissa Pimenta. Com as quatro medalhas, o judô brasileiro passou a contar com 28 pódios olímpicos no total, sendo a modalidade que mais conquistou medalhas para o país em Jogos, à frente do atletismo, com 21, que teve em Paris a medalha de prata de Caio Bonfim na marcha atlética 20 km e o bronze de Alison dos Santos nos 400m com barreiras. Em terceiro lugar está a vela, com 19, após deixar Paris sem medalha.

Na lista individual, além de Rebeca, que assumiu a ponta com seis medalhas olímpicas, Isaquias Queiroz conquistou sua quinta medalha olímpica com a prata na prova C1 1000m da canoagem, se igualando aos iatistas Robert Scheidt e Torben Grael, que antes dos Jogos de Paris eram os atletas brasileiros com mais medalhas em Olimpíadas, com cinco cada.

ESPORTES COLETIVOS

Nos esportes coletivos, o destaque também foi para as mulheres. Ana Patrícia e Duda conquistaram a primeira medalha de ouro do vôlei de praia feminino do Brasil desde os Jogos de Atlanta 1996, quando a modalidade estreou nas Olimpíadas.

O futebol feminino conquistou a medalha de prata, ao perder de 1 x 0 para os Estados Unidos na final. A equipe voltou ao pódio depois de conquistar duas medalhas de prata, nos Jogos de 2004 e 2008, também em derrotas para as norte-americanas na decisão.

O Brasil fez uma primeira fase ruim na Olimpíada, com duas derrotas, mas cresceu a partir das quartas de final e passou pelas favoritas França e Espanha para chegar à final olímpica, enquanto o time masculino de futebol nem se classificou.

O vôlei, modalidade que costuma garantir medalhas ao país, teve a equipe feminina conquistando a medalha de bronze. Já os homens caíram nas quartas de final para os Estados Unidos, assim como o basquete masculino, para o mesmo adversário. A seleção brasileira feminina de basquete não se classificou para os Jogos Olímpicos de Paris.

MEDALHAS REPETIDAS

Modalidades estreantes em Tóquio e que conquistaram medalhas há três anos, o surfe e o skate do Brasil voltaram a subir ao pódio. No surfe, Tatiana Weston-Webb foi prata e Gabriel Medina, bronze, depois de disputas marcadas por falta de ondas em Teahupo´o, no Taiti.

Rayssa Leal, prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio, voltou a brilhar no skate street, desta vez com o bronze, enquanto Augusto Akio, o "Japinha", conquistou o bronze no skate park.

Quem também repetiu medalha pela segunda Olimpíada seguida foi Bia Ferreira, que acabou com o bronze categoria até 60kg do boxe, depois de ter ficado com a prata em Tóquio. Ela foi derrotada na semifinal para a irlandesa Kellie Harrington, que se tornaria bicampeã olímpica.

O Brasil também conquistou medalha de bronze no taekwondo com Edival Pontes, o "Netinho".

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