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Multiatleta Pepe Fiamoncini encara trail running de 125 km

Brasileiro chega ao Valholl Argentina by UTMB embalado após correr 70km para comemorar os 70 anos do Parque do Ibirapuera e pedalar 63km no

9 mai 2024 - 20h39
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Após correr 70km para comemorar os 70 anos do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, e pedalar 63km no Giro d’Itália, em Campos do Jordão, o multiatleta Pepe Fiamoncini está de malas prontas para encarar mais um desafio. Desta vez serão 125 km do Valholl Argentina by UTMB 2024, evento de Trail Running a partir desta sexta-feira (9) até domingo (12), em Villa General Belgrano, Córdova, na Argentina. A meta do brasileiro é concluir a ultramaratona den 21 horas.

Pepe Fiamoncini
Pepe Fiamoncini
Foto: Divulgação

“Estou bastante animado para percorrer as trilhas entre as colinas de Córdova, que fica na região central da Argentina, conhecida como Pampa Argentina. Tenho treinado muito, incluindo o longão para festejar os 70 anos do Ibira que, aliás, foi muito bacana. Muitas pessoas vieram correr comigo. Dividi a atividade em dez loops, cada um com 7 km e 1 hora para terminar cada um, e foi incrível sentir toda a energia, desde as pessoas que correram somente um trecho até quem foi até o final, fechando os 70km após 10 horas de atividade e 20 voltas pelo parque ”, conta Pepe.

O Valholl Argentina integra o UTMB World Series, circuito de corridas em trilha ao redor do mundo, reconhecido por reunir as maiores estrelas do esporte e também corredores amadores, atraídos pela estrutura de qualidade reconhecida e a oportunidade de testar seus limites em meio a paisagens deslumbrantes.

“Pretendo ficar entre os melhores brasileiros no Valholl Argentina. O meu objetivo é fazer uma boa prova para tentar a classificação para a Western States 100 (a Western States Endurance Run é uma das ultramaratonas de trail run mais consagradas no mundo) nos Estados Unidos, ano que vem. Trata-se de uma prova icônica, com bastante dificuldade no percurso e é preciso de provas classificatórias para poder entrar no sorteio de uma vaga”, comenta Pepe.

A competição na Argentina é uma entre as atividades de Pepe na América do Sul em 2024. Ele estará na Bolívia, em junho, para escalar as montanhas Parinacota, Acotango e Sajama. “Essa etapa de montanhismo faz parte do projeto Everest DARE. Consiste em levar Gildo Afonso para que se torne o primeiro brasileiro com esclerose múltipla para o ponto mais alto do mundo. Essa primeira fase boliviana é para que ele tenha o primeiro contato com o montanhismo, nas montanhas acima de 6 mil metros. Por isso vamos escalar as montanhas que fiz ano passado: Parinacota, Acotango e Sajama”, explica Pepe.

Sem parar - O segundo semestre também será agitado. Pepe pretende disputar tês competições de endurance de nível mundial, sendo duas internacionais - 170km Mundial UTMB França (31/08 ) e Mundial Ultraman Havaí (29/11) - além de ter o Paraty Brazil By UMTB na agenda, entre 19 e 22 de setembro, no Rio de Janeiro. "Para viabiliazar esses projetos, espero contar com novos patrocinadores para se juntarem às empresas parceiras que já me apoiam e quem agradeço", completa.

Multiatleta forjado na pandemia 

 Paraquedista, mergulhador, skatista e montanhista, Pepe resolveu migrar de vez para atividades de endurance durante a pandemia.

“Cresci em São Paulo, me formei em Administração (PUC-SP) e Contabilidade (IBMEC). Queria seguir a carreira no mercado financeiro. Mudei para o Rio de Janeiro a convite da minha antiga empresa e tudo mudou. Fiz curso de paraquedismo, mergulho, escalada em rocha, trilhas. Isso foi há nove anos e eu queria viver de esporte. Aí veio a pandemia. Voltei para São Paulo para cuidar da minha mãe e me vi enjaulado em um apartamento. No meio desse momento conturbado, sedentário, depressivo, bebedor de cerveja, decidi me inscrever para o Ironman. Comecei a treinar dentro de casa, com tudo improvisado, pois o prazo era curto, apenas oito meses. E completei minha primeira grande vitória. Depois, veio o Ultraman, e mais e mais desafios”, conta.

“Sempre quero testar meus limites e, para isso, sou movido a desafios. Já escalei o Aconcágua, o Sajama, o Illimani  (primeiro brasileiro a escalar solo em menos de 24 horas), o Ojos del Salado, entre outras montanhas. Fiz o Desafio Everesting, que consiste em pedalar até completar a altitude da maior montanha do Mundo. Também competi no Mundial de Triathlon Extremo na Noruega em 2023 (melhor sul-americano), no UB515, o Campeonato Sul-Americano de Ultradistância (terceiro colocado geral), detenho o recorde como o mais jovem (31 anos) a fazer a travessia do Leme ao Pontal sem Neoprene, entre outros desafios”, conta.

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