'Não é fácil fazer arte marcial', diz Andréa Pereira sobre presença feminina no judô
Na última sexta-feira, 2, judoca Beatriz Souza conquistou a primeira medalha de ouro do Brasil em Paris
O Brasil conquistou a primeira medalha de ouro nos Jogos Olimpicos de Paris com a judoca Beatriz Souza. Durante o programa Paris É Delas, do Terra, Andrea Pereira, médica nutróloga, faixa preta de judô e faixa marrom de karatê comentou sobre o avanço da modalidade de artes marciais no Brasil.
A cobertura dos Jogos de Paris no Terra é um oferecimento de Vale.
“Hoje, você tem muito mais idas em outros campeonatos. Antigamente, não tinha. O atleta tinha que tirar do próprio bolso. Então, é muito difícil você ter esse dinheiro. Apesar de ser medalhista olímpica há muitos anos, você não tem tanto patrocínio. Você poder levar os atletas, você poder conhecer os adversários, você ter pessoas que vão te preparar fisicamente mudou o histórico do judô”, destacou a médica ao Terra.
Ela falou ainda sobre a evolução da presença feminina no judô. “Quando você entra em uma escola, você põe os meninos no judô e as meninas no balé. Então, temos muito pouco atleta mulher treinando. Então, se eu tenho um número menor, é mais difícil eu selecionar pessoas para irem para Olimpíada, e existe ainda um grande preconceito de mulheres fazendo arte de luta, arte marcial”, disse.
“Você tem aquele estereótipo, da mulher que faz artes marciais, aí a pessoa já te olha de um jeito diferente. [...] Não é fácil pra mulher fazer arte marcial ainda no Brasil. Tem muito poucas”, lamentou.
Medalha inédita
A participação do Brasil no judô dos Jogos Olímpicos finalizou no último sábado, 3, com a conquista da quarta medalha na competição. Tivemos a conquista do ouro inédito por Beatriz Souza, a prata de Willian Lima e o bronze de Larissa Pimenta, além de outra bronze, desta vez, na disputa por equipes.