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‘Não somos uma máquina que bota óleo e funciona’, diz Ana Marcela Cunha

Nadadora exaltou a importância da saúde mental e contou que não sentiu nada após nadar no rio Sena

9 ago 2024 - 13h27
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Ana Marcela Cunha ficou em quarto lugar na maratona aquática
Ana Marcela Cunha ficou em quarto lugar na maratona aquática
Foto: Satiro Sodre/CBDA

Ana Marcela Cunha terminou a disputa dos 10 km da maratona aquática nos Jogos Olímpicos de Paris na quarta colocação. Após a prova, ela revelou que enfrentou dificuldades de saúde mental no último ano e que chegou até pensar em parar de nadar porque não estava mais feliz.

  • A cobertura dos Jogos de Paris no Terra é um oferecimento de Vale.

Em entrevista exclusiva ao Terra nesta sexta-feira, 9, Ana Marcela relembrou o episódio e citou a importância de “quebra de barreira para poder falar sobre saúde mental”. “Muita gente tem vergonha de falar que pode ter um tipo de depressão ou que tem TDAH, por exemplo. Eu acho que tem muitas coisas que, às vezes, a gente não sabe e que a gente pode estar procurando um profissional pra poder ajudar”, opinou.

A campeã olímpica de Tóquio-2020 começou o processo de terapia após não conseguir a classificação para os Jogos de Londres, em 2012. “Acho que é importante a quebra de tabu, de poder falar sobre isso e mostrar que o atleta, ele é ser humano também, que é uma coisa muito importante, porque nós não somos uma máquina que bota um óleo e funciona. A gente precisa de muita coisa, de muita ajuda de muita gente para permanecer no alto rendimento e fazendo o que a gente ama..”

“E um ano atrás eu cheguei ao meu limite do esporte, eu acho que se eu não tivesse mudado, se eu não tivesse feito as escolhas que eu fiz, eu não teria ido pra seletiva, eu não teria nem sido quarta ontem. E quando a gente fala sobre parar e chegar ao limite do esporte, é quando a gente não tem mais prazer de fazer o que a gente faz todos os dias. Eu cheguei nesse limite, mas graças a Deus eu tenho uma equipe, uma família que me apoia muito. Independente da minha decisão, eles me olharam como ser humano, como pessoa, não só como atleta profissional. Isso foi muito importante para eu continuar e ter as minhas escolhas que eu fiz”, completou.

Se a saúde mental está em dia, a saúde física também. Ana contou que não sentiu nenhum sintoma após nadar no rio Sena. O local foi alvo de muita polêmica por causa da poluição. “Não tive nenhum sintoma de nada, enjôo, vômito, diarreia, nada do tipo. Então, assim, eu tô bem tranquila, acho que passando 24 horas a gente já, né, poderia ter sentido algo, mas graças a Deus tô 100%”, disse, aos risos.

A maior atleta da história da maratona aquática afirmou que não ficou chateada com o quarto lugar e explicou o choro. Segundo ela, a tristeza é por não saber se vai conseguir estar presente em Los Angeles-2028. “Para quem tem 20, pensar com 24 de estar em outra Olimpíada é uma coisa. Para quem tem 32, praticamente há 18 anos na seleção principal, já é bem diferente, né? Eu acho que eu vivo muito do esporte, eu falo que quando eu estiver feliz eu quero praticar o esporte com muita saúde e, principalmente, a saúde mental. Então, eu acho que isso tudo tem muito a ver e eu quero estar bem. Se eu chegar até 28, me classificar, eu acho que isso é um outro caminho, outro ponto também. Eu vou ficar muito feliz e vou estar lá, mas só o tempo pode falar”, explicou.

Fonte: Redação Terra
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