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'O skate é para todo mundo', diz Rayssa Leal após ganhar a prata na Olimpíada de Tóquio

Medalhista mais jovem do Brasil também reforça busca por objetivos: 'Se você pode sonhar, você pode realizar. Não desista, persista'

26 jul 2021 - 03h38
(atualizado às 09h37)
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Mais jovem medalhista brasileira ao conquistar a prata nesta segunda-feira nos Jogos Olímpicos de Tóquio, a skatista Rayssa Leal está nas nuvens. Ainda não deu tempo de ter a real noção do feito alcançado. A skatista de apenas 13 anos, seis meses e 21 dias, se tornou a mais jovem atleta do Brasil, entre homens e mulheres, a conquistar uma medalha nos Jogos Olímpicos, superando Rosângela Santos, do 4x100m do atletismo, bronze aos 17 anos em 2008.

Ela levou a prata em Tóquio na categoria street do skate e, após subir no pódio, fez questão de lembrar o apoio que recebeu do pai e da mãe para fazer a história com tão pouca idade e deixou uma mensagem de inspiração. "Não caiu a ficha ainda. Poder representar o Brasil e ser uma das mais novas a ganhar uma medalha. Eu estou muito feliz, esse dia vai ser marcado na história. Eu tento ao máximo me divertir porque eu tenho certeza que as coisas fluem, deixar acontecer naturalmente se divertindo", disse.", destacou a jovem skatista.

"Não consigo explicar a sensação de estar aqui realizando meu sonho e de toda a minha família. Meu pai e minha mãe estiveram nos piores e melhores momentos. É muito gratificante todo o esforço que eles fizeram. Essa medalha é muito especial pra mim", festejou a maranhense.

A "Fadinha", como ficou conhecida por andar de skate fantasiada quanto tinha somente seis anos, chegou a ouvir que skate não era um esporte para meninas. A sua prata em Tóquio reforça que não há espaço para preconceitos no skate, um esporte democrático e que, em sua estreia no programa olímpico, já garantiu duas medalhas ao Brasil. No domingo, Kelvin Hoefler conquistou a prata no street masculino.

"É muito louco. Saber que no início só minha mãe e meu pai me apoiavam e saíam com a cara e coragem para eu poder estar aqui. Skate é, sim, para todo mundo, assim como qualquer esporte, como futebol e handebol. Muita gente fala que handebol é só para meninas. É pra todos e skate não é só para meninos", ressaltou a vice-campeã olímpica em Tóquio.

Fenômeno das pistas e também das redes sociais, onde vem multiplicando o número de seguidores, Fadinha escreveu neste segunda-feira um novo capítulo do skate brasileiro logo na estreia da modalidade no programa olímpico. A sua história, inclusive, virou inspiração para novos praticantes do skate. "Saber que muitas meninas já me mandaram mensagem no Instagram falando que começaram a andar de skate ou os pais deixaram andar de skate por causa de um vídeo meu, eu fico muito feliz porque foi a mesma coisa comigo.

Na final do street feminino, disputada na madrugada desta terça (horário de Brasília), chamou a atenção a descontração de Rayssa, que, entre uma manobra e outra, foi flagrada dançando e se divertindo com a sua amiga e oponente Margielyn Dida, de Filipinas. Ela parecia não se importar com o que acontecia à sua volta e lidava com a pressão como se não estivesse em uma disputa olímpica.

"Quando eu estou feliz fico animada, fico brincando, me divertindo. Estava dançando com a Didal porque fizeram falta as brasileiras na final comigo", disse ela, em referência às ausências de Pâmela Rosa e Letícia Bufoni, que não conseguiram um lugar na final.

A partir do próximo dia 3, começam as disputas da modalidade park do skate. Com atletas bem ranqueados, o Brasil também está cotado para conquistar mais medalhas.

Estadão
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