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Olimpíada 2024: Ana Marcela vê trio despontar na frente e fica fora do pódio na maratona aquática

Brasileira termina prova de águas abertas atrás da italiana Ginevra Taddeuchi, que foi bronze

8 ago 2024 - 04h50
(atualizado às 04h54)
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Ana Marcela Cunha é a quarta mais rápida da maratona aquática
Ana Marcela Cunha é a quarta mais rápida da maratona aquática
Foto: Satiro Sodre/CBDA

Ana Marcela Cunha ficou fora do pódio na maratona aquática dos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Campeã olímpica em Tóquio-2020, a brasileira era uma das esperanças de medalha para a prova disputada no rio Sena, mas viu o trio de frente despontar na frente e ficou na quarta posição. A brasileira Viviane Jungblut ficou em 11ª. A prova é uma das que mais gerava apreensão por causa da qualidade das águas do rio Sena.

Apesar de a organização da Olimpíada garantir que o nado no Sena acontece apenas quando o rio atende critérios de qualidade, a cor da água chamou atenção durante a prova. O rio passou por um processo de limpeza para os Jogos de Paris, ao custo de quase 1,4 bilhão de euros (cerca de R$ 8,7 bilhões).

Na véspera da prova, a velocidade das águas foi medida de 3,2 a 4,8 km/h, o que significa um grande esforço para avançar contra a corrente. Isso foi visto durante a prova, obrigando as atletas a preferirem a margem do rio nos momentos em que nadavam no contra-fluxo do rio.

A primeira volta foi fechada com liderança da australiana Moesha Johnson. Neste momento, Ana Marcela estava a 18 segundos da líder. Já Viviane passou na décima posição, com 28 segundos de desvantagem para a ponta.

Rapidamente a prova passou a ser puxada pela holandesa Sharon van Rouwendaal, ouro no Rio-2016 e prasta em Tóquio-2020. Ela travou um duelo com a Moesha, que retomou a frente próximo dos 5km da competição. Neste momento, Ana Marcela era a quarta, a 3s5 da posição que a colocaria no pódio e 9s5 do ouro.

A brasileira precisava de um sprint para encostar no trio de frente, que ainda tinha a italiana Ginevra Taddeuchi. Ela abriu a última volta a pouco mais de 30 segundos do bronze, que ficava com Taddeuchi.

A última parcial mostrou uma aproximação de Ana Marcela, enquanto a nadadora italiana distanciou-se da dupla de frente. Mas não foi o suficiente, e a brasileira terminou na quarta posição, com tempo de 2h04m15s. Viviane Jungblut fechou em 11ª, com tempo de 2h41m6s.

A disputa pelo ouro ficou entre Moesha e van Rouwendaal. A holandesa assumiu a ponta próximo do fim e até foi ameaçada pela australiana, mas conseguiu o bicampeonato.

Ela foi a primeira atleta a conquistar duas medalhas na prova e, agora, passa a ser a primeira a chegar três vezes ao pódio. Moesha Johnson ficou com a prata.

A prova de águas abertas masculina será na sexta-feira, 9, a partir das 2h30 (horário de Brasília). O Brasil tem Guilherme Costa, o Cachorrão, como representante.

Treinos adiados e casos de infecção serão lembranças das Olimpíadas de Paris

Na véspera da prova de águas abertas, foi feito um treino de reconhecimento do Sena. Houve delegações, inclusive a brasileira, que preferiram não participar. Isso se repetiu também com atletas dos Estados Unidos, que acompanharam o percurso fora do rio.

"Queríamos apenas mitigar ao máximo o risco", disse Ivan Puskovitch, único atleta do país na prova masculina. "Mesmo que o rio esteja navegável e a água com níveis seguros, ainda existe algum grau de risco. E nem é preciso dizer que o risco aqui é um pouco mais significativo do que na maioria dos locais onde acontecem eventos em águas abertas". Também foi o caso de Katie Grimes, que disputou a prova feminina nesta quinta-feira.

A World Aquatics, órgão regulador dos esportes aquáticos, havia cancelado um treino na terça-feira devido a preocupações com o nível da bactéria E. coli no curso de água. Ainda assim, o clima era de confiança por parte dos organizadores. "Não tenho medo de que os atletas adoeçam", falou a ex-campeã mundial e integrante do comitê técnico da World Aquatics, Britta Kamrau, que ressalvou: "É natação em águas abertas. Você nunca tem a água limpa como na piscina".

Foram cinco cancelamentos de atividades no Rio Sena desde o começo da Olimpíada de Paris devido à poluição. O primeiro treino de reconhecimento da natação para o triatlo foi adiado por dois dias seguidos. Isso levou ao adiamento da própria prova. Chegou a ser cogitado fazer a disputa sem a parte a nado. As provas puderam ser mantidas, mas, posteriormente, os treinos do triatlo misto também sofreram adiamento.

Atletas de Bélgica, Suíça e Portugal tiveram relatos de infecção gástrica após contato com as águas do Sena. Antes do processo de limpeza para os Jogos Olímpicos de Paris, a natação no local era proibida há quase um século. A ministra francesa do Esporte e a prefeita de Paris chegaram comemorar a limpeza com um nado no rio francês.

Estadão
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