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Olimpíada de Tóquio é adiada por causa do coronavírus

COI e o governo do Japão classificaram a pandemia da Covid-19 como “imprevisível” e “sem precedentes” para justificar a decisão

24 mar 2020 - 09h43
(atualizado às 10h43)
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Após muita pressão, o COI (Comitê Olímpico Internacional) e o governo do Japão anunciaram o adiamento dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio por causa da pandemia do coronavírus. A Olimpíada aconteceria entre 24 de julho e 9 de agosto.

Mulheres com máscara de proteção tiram foto com símbolo olímpico em Tóquio
03/03/2020
REUTERS/Athit Perawongmetha
Mulheres com máscara de proteção tiram foto com símbolo olímpico em Tóquio 03/03/2020 REUTERS/Athit Perawongmetha
Foto: Reuters

De acordo com a agência japonesa NHK, Shinzo Abe, primeiro-ministro do Japão, foi quem tomou a iniciativa e entrou em contato com Thomas Bach, presidente do COI, e pediu para que a competição aconteça daqui um ano. A entidade olímpica confirmou o encontro por vídeoconferência entre os representantes. 

Durante a reunião, o grupo classificou a pandemia de “imprevisível” e “sem precedentes” e ficou acordado que os Jogos serão realizados, no máximo, até o verão de 2021 no hemisfério norte. Apesar disso, o nome Tóquio-2020 continuará sendo utilizado.

"Na circunstância presente, e baseado na informação providenciada pela Organização Mundial da Saúde, o presidente do COI e o primeiro-ministro do Japão concluíram que os Jogos da 32ª Olimpíada em Tóquio devem ser reagendados para uma data para além de 2020, mas não além do verão de 2021, para garantir a saúde de atletas, todos envolvidos nos Jogos e a comunidade internacional", declarou o COI em nota oficial.

Essa é a primeira vez na Era Moderna que uma edição dos Jogos Olímpicos é adiada. Três edições não aconteceram durante a I e II Guerra Mundial. A Olimpíada de 1944 seria em Londres, mas só foi realizada quatro anos depois.

Nos últimos dias, os comitês olímpicos de vários países, entre eles Canadá, Austrália e Alemanha, ameaçaram não participar caso a data original fosse mantida. A última cartada veio na noite de segunda-feira quando o Comitê Olímpicos dos Estados Unidos também pediu um adiamento.

Leia a nota oficial do COI na íntegra:

"O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, e o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, realizaram uma conferência por telefone nesta manhã para discutir o ambiente de constantes mudanças com relação ao Covid-19 e as Olimpíadas de Tóquio de 2020.

Estiveram juntos ainda Mori Yoshiro, presidente do Comitê Organizador de Tóquio 2020; o ministro olímpico, Hashimoto Seiko; o governador de Tóquio, Koike Yuriko; o presidente da Comissão de Coordenação do COI, John Coates; Diretor Geral do COI, Christophe De Kepper; e o diretor executivo dos Jogos Olímpicos do COI, Christophe Dubi.

Bach e Abe expressaram sua preocupação em comum com a pandemia mundial do Covid-19 e o que isso está fazendo na vida das pessoas e com o impacto significativo que está causando nos preparativos dos atletas em todo o mundo para os Jogos.

Em uma reunião muito amigável e construtiva, os dois líderes elogiaram o trabalho do Comitê Organizador de Tóquio 2020 e observaram o grande progresso que está sendo feito no Japão para lutar contra o Covid-19.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, e o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, realizaram uma conferência por telefone nesta manhã para discutir o ambiente de constantes mudanças com relação ao Covid-19 e as Olimpíadas de Tóquio de 2020.

Estiveram juntos ainda Mori Yoshiro, presidente do Comitê Organizador de Tóquio 2020; o ministro olímpico, Hashimoto Seiko; o governador de Tóquio, Koike Yuriko; o presidente da Comissão de Coordenação do COI, John Coates; Diretor Geral do COI, Christophe De Kepper; e o diretor executivo dos Jogos Olímpicos do COI, Christophe Dubi.

Bach e Abe expressaram sua preocupação em comum com a pandemia mundial do Covid-19 e o que isso está fazendo na vida das pessoas e com o impacto significativo que está causando nos preparativos dos atletas em todo o mundo para os Jogos.

Em uma reunião muito amigável e construtiva, os dois líderes elogiaram o trabalho do Comitê Organizador de Tóquio 2020 e observaram o grande progresso que está sendo feito no Japão para lutar contra o Covid-19.

A propagação sem precedentes e imprevisível do surto viu a situação no resto do mundo se deteriorar. Ontem, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que a pandemia do COVID-19 está "acelerando". Atualmente, existem mais de 375.000 casos registrados em todo o mundo e em quase todos os países, e seu número está aumentando a cada hora.

Nas atuais circunstâncias, e com base nas informações fornecidas hoje pela OMS, o Presidente do COI e o Primeiro-Ministro do Japão concluíram que as Olimpíadas de Tóquio devem ser remarcadas para uma data posterior a 2020, mas não depois do verão de 2021, para proteger a saúde dos atletas, todos os envolvidos nos Jogos Olímpicos e a comunidade internacional.

Os líderes concordaram que os Jogos Olímpicos de Tóquio poderiam ser um farol de esperança para o mundo durante esses tempos difíceis e que a chama olímpica poderia se tornar a luz no fim do túnel em que o mundo se encontra atualmente. Portanto, foi acordado que a chama olímpica permanecerá no Japão. Também foi acordado que os Jogos manterão o nome de Jogos Olímpicos e Paralímpicos Tóquio 2020".

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Fonte: Redação Terra
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