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Olimpíadas 2024: como funciona a 'creche' na vila dos atletas em Paris

De acordo com o Comitê Olímpico Internacional, cerca de cinco atletas usam instalação especial diariamente

2 ago 2024 - 09h40
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PARIS - Novidade nesta edição dos Jogos, uma espécie de creche instalada na Vila Olímpica, que fica na região de Saint-Denis, na grande Paris, não tem sido muito utilizada por mães e pais atletas. De acordo com o Comitê Olímpico Internacional (COI), cerca de cinco famílias utilizam o espaço durante o dia. Aproximadamente, 15 mil pessoas (entre competidores e estafe) estão hospedados na Vila.

Consultado pela reportagem do Estadão, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) informou que nenhum atleta do País está frequentando o espaço e prefere utilizar as instalações em Saint-Ouen, cidade vizinha a Paris e próxima à Vila Olímpica, onde foi montada uma base de treinamentos, distribuição de materiais e convívio.

O COI explica que a "creche" na realidade não é um espaço para que os atletas deixem seus filhos. Na realidade, é um local para o convívio com eles durante a estada na Vila Olímpica, em que ficam apartados das crianças. Diariamente, o lugar fica aberto das 9h às 21h.

No local, que se assemelha a uma brinquedoteca, há um local privativo para amamentação e o fornecimento de fraudas e lenços umedecidos. A Vila Olímpica foi construída para atender todas as necessidades dos atletas. Por isso, o espaço conta com supermercado, área verde, academia, refeitório - que tem sido o principal alvo de reclamações pela falta de opções de proteínas animais -, cabeleireiro e outros serviços. Ao término dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, os apartamentos serão convertidos em residências sociais para cerca de seis mil famílias.

Segundo o COB, cerca de 800 pessoas foram cadastradas como familiares e amigos para visitas aos atletas na base de Saint-Ouen. Desse total, 68 são crianças com menos de 12 anos. No château, espaço principal, há um refeitório com comida brasileira, área para tratamentos fisioterápicos e psicológicos, além de uma sala espaçosa com brinquedos e jogos, que podem divertir os atletas durante a visitas dos entes queridos.

A jogadora de vôlei de praia Carol Solberg, que forma dupla com Bárbara Seixas, levou os filhos José, de 12 anos, e Salvador, de oito, para acompanhá-la nas arquibancadas dos Jogos de Paris. Após a vitória por 2 sets a 0 sobre as lituanas Aine Raupelyté e Monika Paulikiene, na terça-feira, Carol falou sobre a presença dos filhos na capital francesa.

"É muito especial estar aqui com meus filhos, que vivenciaram essa corrida olímpica comigo. Eles vibraram muito e têm a dimensão do quanto isso é importante para mim e era meu sonho. Está sendo muito especial dividir isso com eles, nessa idade que eles vão lembrar para sempre", disse a jogadora de vôlei de praia.

Maternidade no esporte é um tema discutido há décadas e repleto de tabus. Um caso emblemático de mãe atleta foi o da ex-jogadora de basquete Hortência Marcari, que foi aos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996, após cinco meses do nascimento de João Victor Oliva, que está em sua terceira Olimpíada representando o Brasil nas provas de adestramento do hipismo.

Duas medalhas de prata conquistadas pelo Brasil nas Olimpíadas de Paris tiveram um sabor ainda melhor para os pais Caio Bonfim e Willian Lima. O atleta, assim que terminou a prova da marcha atlética no Trocadéro, quebrou os protocolos para poder abraçar os filhos de três e cinco anos. O judoca também não se conteve após a cerimônia de pódio e vestiu o filho de nove meses com a medalha conquistadas nos tatames do Campo de Marte.

"Meu filho foi todo planejado para estar aqui. Todo atleta de alto rendimento fica receoso de ter filho por causa das viagens, mas minha mulher me deu muita confiança. Quero que meu filho acompanhe minha trajetória e me veja fazendo história. É meu amuleto", disse Lima.

Estadão
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