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'Orei, chorei e voltei com força', diz Rayssa sobre superar nervosismo para bronze olímpico

Skatista garantiu a terceira medalha do Brasil na Olimpíada de Paris e afirmou que 'sorriso no rosto' ajudou na conquista

28 jul 2024 - 15h37
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Foto: REUTERS/Angelika Warmuth

A skatista Rayssa Leal refletiu sobre a conquista da medalha de bronze neste domingo, 28, na Olimpíada de Paris. Segundo ela, seu desempenho na prova do skate street melhorou depois que ela parou de se cobrar e encarou o momento com mais leveza.   

A cobertura dos Jogos de Paris no Terra é um oferecimento de Vale.     

Rayssa admitiu que inicialmente se sentiu ansiosa antes de ir para a pista, mesmo com toda a preparação

"Eu estava muito nervosa. Foi o campeonato que mais fiquei nervosa, porque cheguei no treino dei todas as minhas manobras, já sabia o que eu tinha que dar, e na hora acabei errando duas manobras simples, o flip", explicou a jornalistas após a conquista do bronze. "Comecei a me cobrar bastante, coisa que não precisava. Era só me divertir. E foi o que eu fiz depois, era só colocar um serviço no rosto".

Na prova, ela se ajoelhou em determinado momento, para se concentrar. A atleta diz que o momento introspectivo contribuiu com seu desempenho e a melhora nas notas. 

"Foi natural. Eu ajoelhei, orei e chorei. E aí eu voltei com mais força", falou a skatista de 16 anos.

Rayssa Leal nos Jogos Olímpicos de Paris 2024
Rayssa Leal nos Jogos Olímpicos de Paris 2024
Foto: Foto: Gaspar Nóbrega COB

Coco Yoshizawa, do Japão, conquistou a medalha de ouro na prova e sua compatriota Liz Akama ficou com a prata. Rayssa, prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio, começou errando as duas primeiras voltas na bateria de Paris e precisava de notas altas nas manobras. Ela então conseguiu a maior nota da história do skate street olímpico até aquele momento com 92.68 e avançou em sétimo lugar.

Na final, a brasileira terminou a fase de voltas em quinto lugar, com 71.66. No momento das manobras, ela bateu o próprio recorde na segunda tentativa e fez 92.88. Rayssa errou a primeira, a terceira e a quarta tentativas. Na última, conseguiu um 88.83 para garantir o bronze em Paris. "Sonhei muito, todos os dias", revelou.

"Se não fosse o meu time, teria ficado ainda mais nervosa. Sou muito grata a eles também, com certeza. Eles fazem parte de tudo isso. A gente vê a jornada do atleta, mas tem muita gente por trás. esse sonho não era só meu, era de todo o brasil, e deu tudo certo", seguiu.

Mudanças após Tóquio

A atleta conta que sentiu muitas diferenças desde sua última participação olímpica, em Tóquio, no Japão, e falou sobre o amadurecimento desde a conquista do prata em 2020.

"Mudou tudo. Entendi qual o preço da Olimpíada. A gente vem com outra mentalidade, outro foco. Acho que todo mundo queria se divertir mas também queria a medalha de ouro e no meu caso não é diferente", concluiu.

Fonte: Redação Terra
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