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Organizadores da Tóquio 2020 pedem desculpa por desperdício de comida

28 jul 2021 - 11h41
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Organizadores da Olimpíada de Tóquio pediram desculpas nesta quarta-feira por terem pedido comida demais para seus funcionários durante a cerimônia de abertura, após vídeos de caminhões carregando caixas de comida não consumida viralizarem na internet.

Estádio Olímpico de Tóquio durante cerimônia de abertura da Olimpíada
23/07/2021 REUTERS/Marko Djurica
Estádio Olímpico de Tóquio durante cerimônia de abertura da Olimpíada 23/07/2021 REUTERS/Marko Djurica
Foto: Reuters

Os organizadores, que encaram a oposição do público por realizar o evento esportivo durante a pandemia e foram criticados por uma série de escândalos, são novamente alvos de críticas por desperdiçarem comida no Estádio Nacional, onde a cerimônia de abertura dos Jogos foi organizada semana passada.

Milhares de caixas de lanche e bolinhos de arroz não consumidos foram descartados no estádio porque a decisão de realizar os Jogos sem espectadores cortou o número de voluntários no local, segundo a emissora Tokyo Broadcast System Televison informou semana passada.

A reportagem foi especialmente embaraçosa para os organizadores, porque eles sempre disseram que Tóquio 2020 seriam Jogos sustentáveis e dizem em seu próprio site que "Tóquio 2020 busca minimizar o impacto adverso do desperdício de recursos". Essa frase foi incluída sob o título "Gestão de Recursos: 'Desperdício Zero'".

O porta-voz da Tóquio 2020, Masa Takaya, disse na quarta-feira que era verdade que houve um excedente de comida durante a cerimônia de abertura.

"A partir desta semana, medidas para otimizar os pedidos (de comida) estão sendo implementados em todos os locais de competição (e) lamentamos que uma grande quantidade de pedidos em excesso tenha acontecido até agora", disse, esclarecendo, no entanto, que o excesso de comida não é jogado fora, mas reciclado para alimentação animal e outros usos.

Junko Hitomi, autoridade em uma organização sem fins lucrativos chamada The People, que administra um banco de alimentos para pessoas em necessidade, disse à Reuters: "Que desperdício. Não tenho outro jeito de dizer isso".

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