Palco da 1ª frustração do Brasil herdou natação após polêmica obra de R$ 1 bi e sofre com 'piscina rasa'

O Brasil perdeu uma grande chance de medalha nos Jogos Olímpicos de Paris com o nadador Guilherme Costa, o Cachorrão. Com tempo final de 3m42s76, o atleta fez a melhor marca da carreia e ficou a 26 centésimos do bronze na disputa dos 400 m livres na Arena La Défense, que fica em Nanterre, a cerca de 13 km de Paris.

• A cobertura dos Jogos de Paris no Terra é um oferecimento de Vale.

O local de disputa das provas de natação foi um dos mais polêmicos nesta edição da Olimpíada. Inicialmente, o objetivo era que as competições acontecessem no Centro Aquático Olímpico, que custou quase R$ 1 bilhão e revoltou os franceses, mas acabou considerado pequeno demais para modalidade.

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Localizado em Seine-Saint-Denis, o espaço tem capacidade para 5.000 pessoas, quatro piscinas (desportiva, mergulho, treino e recreativa) e vai receber as provas de nado artístico e saltos ornamentais, além da fase preliminar do polo aquático.

Já a Arena La Défense, que virou a casa da natação em Paris, é conhecida por ser multiuso. Ela conta com duas piscinas desmontáveis, que vão ser transferidas para as cidades de Sevran e Bagnolet após a Olimpíada. O local já teve apresentações de grandes estrelas da música, partidas de rugby, convenções e seminários. Inaugurado em 2017, o projeto do arquiteto Christian de Portzamparc ainda instalou a maior tela interativa do mundo, com 1.400 m2 de área de exibição (equivalente a sete quadras de tênis).

Porém, o local não é perfeito. A profundidade da piscina passou a ser alvo de crítica de alguns atletas, que a consideraram "muito rasa". "Eu ouvi muitos comentários na Vila Olímpica. (...) Eu não tô muito focada no ponto negativo. A piscina não vai mudar, ela funda ou rasa, ela vai continuar assim até o final da competição. Eu vou nadar o que eu treinei para fazer e não procuro pensar sobre", afirmou a nadadora brasileira Mafê Costa, que terminou a final dos 400m livre feminino em 7º lugar.

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