Paris-2024: a Paralimpíada do aprendizado para Gabriel Bandeira
Nanterre - Gabriel Bandeira conquistou três medalhas nos Jogos Paralímpicos de Paris. No entanto, o nadador valoriza mais as lições que a edição deixou do que os resultados que ele obteve.
"Não foi um ano muito fácil. Acredito que nas próximas vezes vou conseguir lidar melhor com os imprevistos no treino. Acho que é um tema muito falado hoje, que eu acho que principalmente para a gente da S14, é meio complicado lidar com problemas, frustrações, então, acho que eu vou conseguir lidar muito melhor nas próximas" analisou o nadador que pertence a uma classe para quem tem deficiência intelectual.
Bill, como é conhecido, acumula quatro títulos mundiais e conquistou três medalhas em Tóquio-2020, sendo um ouro e duas pratas. Em Paris, ele levou dois bronzes, além da prata obtida nesta sexta-feira (6) nos 100m borboleta, considerada a prova mais difícil pelo atleta.
"É uma prova que eu não treino muito, e melhorar meu tempo com recorde das Américas, me deixa muito feliz e motivado para as próximas", avaliou o nadador, que fechou a prova em 58s54.
Gabriel também fez uma avaliação geral da participação em Paris. "Eu acho que no geral é uma competição muito importante de resiliência, no geral minhas competições são muito assim, tem altos e baixos, mas essa aqui eu senti que foi bastante conturbada e eu consegui fechar com o melhor tempo da vida em uma prova que eu não treinei tanto", completou o atleta de 24 anos.
A prova mais forte do atleta é o 100m borboleta, na qual ele ficou frustrado com o bronze. O outro bronze veio no revezamento 4x100m livre misto.