Pedro Barros cita Djokovic como inspiração para ouro e evita polêmica por nota: 'É a regra do jogo'
Brasileiro foi o skatista mais velho a disputar a final do skate park dos Jogos Olímpicos e projeta participação em Los Angeles-2028
Provando que tem muita lenha para queimar, Pedro Barros disputou mais uma final do skate park em Jogos Olímpicos nesta quarta-feira, 7, prova que rendeu a ele a medalha de prata em Tóquio-2020. Em Paris, o skatista de 29 anos de Florianópolis (SC) bateu na trave e ficou com a 4ª colocação.
A cobertura dos Jogos de Paris no Terra é um oferecimento de Vale.
À imprensa após a final, Barros celebrou o bronze do conterrâneo Augusto Akio, projetou sua permanência no próximo ciclo olímpico e revelou que o tenista sérvio Novak Djokovic, que conseguiu seu primeiro ouro olímpico aos 37 anos, é sua inspiração para se manter ativo na modalidade.
"Tô aqui mais um ano em que eu consegui vir às Olimpíadas, tô feliz demais. O Japinha (Augusto Akio) é um grande irmão meu, e ele tá ali no pódio. É muito especial pra mim ver esse crescimento do skate como um todo, ver tantas pessoas torcendo, eu acho que mostra o potencial desse esporte, que essa arte tem", exaltou Barros.
Mais velho na disputa pela final do skate park, Barros foi questionado se disputará os Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 2028, e projetou a possível participação: "Eu vou treinar pra c******, se eu conseguir chegar até lá, eu tenho 29. Com certeza, me senti inspirado de ver o 'Djoko' ganhando um ouro, o seu primeiro ouro aos 37, então de certa forma também nos instiga a ir adiante".
Barros também evitou polêmica ao comentar a nota de sua última volta na final. Ele disse estar satisfeito com a avaliação e ter feito sua melhor participação no torneio: "Minha sensação é que eu fiz o meu dever de casa, sabe? Na última volta que eu tinha, eu dei uma volta que eu não tinha feito o campeonato inteiro, que pra mim foi de muito alto nível. A nota foi a que os juízes quiseram dar".
"No skate, o resultado em si sempre vai algo subjetivo, infelizmente a gente não tinha nenhum juiz brasileiro, mas são eles que decidem. Esse jogo tem as regras dele, e a gente tem que estar sujeito a elas, os juízes dão as notas que querem dar", disse Barros.
O compatriota ainda aproveitou para exaltar Akio, o Japinha, que terminou com o bronze na disputa: "Ele é um ser de luz, uma pessoa incrível, maravilhosa. Talvez poucas pessoas entenderiam, mas um dia, quem tiver a chance de conhecer ele vai perceber o quanto genuíno, amoroso e verdadeiro é aquela pessoa e pra mim isso é uma das coisas que mais importam na vida".