Por que os ingressos para os Jogos Olímpicos estão encalhados?
O que causou esse desinteresse do público para assistir aos Jogos ao vivo?
Mais de meio milhão de ingressos ainda não foram vendidos para os Jogos Olímpicos de 2024 em Paris, apesar dos jogos já terem começado.
Muitos fãs querem saber exatamente por que isso acontece e como comprar ingressos de última hora para um dos maiores eventos esportivos do planeta, que está ocorrendo a apenas uma viagem de trem Eurostar ou um voo rápido de Londres.
Mas por que ainda há mais de 500 mil ingressos não vendidos para os Jogos de Paris?
Acredita-se também que haja receio por falta de interesse geral e os fãs estejam preocupados com os preços altos, especialmente após a Euro 2024 deste verão do Hemisfério Norte.
Os fãs reclamaram dos níveis "incompreensíveis" dos perímetros de segurança, com todas as áreas a 100 metros do Sena agora completamente interditadas, segundo reportagens.
O alto nível de tráfego também está desanimando alguns fãs – com muitas ruas fechadas – enquanto a maioria das rodovias que ligam a capital francesa aos subúrbios ao redor têm pistas especiais 'Paris 2024', reservadas para autoridades olímpicas.
As Olimpíadas de Paris começaram na quarta-feira, 24 de julho de 2024, com a cerimônia de abertura ocorrendo na sexta-feira, 26 de julho de 2024. A cerimônia de encerramento é no domingo, 11 de agosto de 2024.
A decisão de Paris de sediar as Olimpíadas foi controversa para muitos franceses, já que o país já está fortemente endividado e as finanças da capital são alarmantes.
A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, originalmente não queria que a cidade se candidatasse para sediar os jogos quando se candidatou à eleição em 2014 – e sua mudança de ideia irritou alguns parisienses.
Há alguns parisienses que se sentem "expulsos" da cidade por causa dos Jogos e estão sendo incentivados a sair de férias de verão, o que novamente gera frustração.
Isso significa que algumas pessoas podem ser desencorajadas de comprar ingressos para os Jogos de Paris, devido ao medo de possíveis protestos de moradores locais.
(*) André Forastieri é jornalista e empreendedor, fundador de Homework e da agência de conteúdo e conexão Compasso, e mentor de profissionais e executivos. Saiba mais em andreforastieri.com.br.