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"Pressão é privilégio" para um Djokovic sedento por recordes

28 jul 2021 - 11h29
(atualizado às 12h05)
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O tenista número um do mundo, Novak Djokovic, está próximo de conquistar algo que nenhum homem jamais conseguiu, mas para o sérvio "a pressão é um privilégio".

Novak Djokovic fala com a imprensa após vencer partida durante os Jogos de Tóquio
28/07/2021 REUTERS/Mike Segar
Novak Djokovic fala com a imprensa após vencer partida durante os Jogos de Tóquio 28/07/2021 REUTERS/Mike Segar
Foto: Reuters

A alemã Steffi Graf é a única atleta do tênis --homem ou mulher-- a conquistar no mesmo ano os quatro títulos de Grand Slams e a medalha de ouro olímpica, em uma proeza conhecida como Golden Slam.

Mas Djokovic, de 34 anos, já completou três quintos do caminho para igualar este feito, precisando agora do ouro nos Jogos de Tóquio e do título do Aberto dos Estados Unidos para concretizar a mesma façanha que Graf conseguiu em 1988.

A conversa sobre o Golden Slam tem dominado toda entrevista coletiva de Djokovic desde que ele venceu Wimbledon neste mês. Mas o sérvio parece se beneficiar da pressão.

"A pressão é um privilégio", disse o sérvio quando indagado a respeito de toda a atenção sobre ele depois de chegar às quartas de final em Tóquio e de também vencer um partida de duplas mistas.

"Sem pressão, não existe esporte profissional. Se você quer estar no topo do esporte, é melhor começar a aprender como lidar com a pressão. E sobre como lidar com esses momentos dentro da quadra, mas também fora da quadra, todas as expectativas."

Atletas como a tenista Naomi Osaka e a ginasta Simone Biles enfatizaram a imensa pressão existente sobre elas, levantando questões sobre se grandes figuras esportivas mundiais recebem apoio suficiente no que diz respeito à saúde mental.

Na vila olímpica dos atletas, Djokovic tem recebido uma enxurrada de pedidos de fotos com atletas de outras modalidades e muitas delas têm circulado nas redes sociais.

"Todo esse burburinho e todo esse barulho são coisas que não posso dizer que não vejo ou que não escuto. É claro que estão lá", disse o tenista, 20 vezes campeão de torneios de Grand Slam.

"Mas eu aprendi, desenvolvi um mecanismo sobre como lidar com isso de tal maneira que não me distraia ou me aborreça", afirmou.

"Sinto que tenho experiência suficiente para ensinar a mim mesmo como entrar em quadra e jogar o meu melhor tênis."

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