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'Propaganda grosseira': abertura da Olimpíada 2024 gera revolta na extrema direita da França

Conservadores se irritaram com presença de drag queens, modelo trans e beijo entre homens

27 jul 2024 - 12h51
(atualizado às 13h25)
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Drag queens reproduzem Última Ceia em abertura dos Jogos Olímpicos 2024
Drag queens reproduzem Última Ceia em abertura dos Jogos Olímpicos 2024
Foto: Reprodução/X @marionmarechal

Parte da extrema direita da França, país que sedia os Jogos Olímpicos de 2024, se irritou com cenas da cerimônia de abertura nesta sexta-feira, 26. As reclamações foram direcionadas a momentos que incluíam dois homens se beijando, um grupo de drag queens recriando a Última Ceia e a presença de uma modelo trans.

  • A cobertura dos Jogos de Paris no Terra é um oferecimento de Vale.

Em um trecho da cerimônia, chamado "Amores parisienses", o diretor artístico Thomas Jolly colocou em cena "uma Paris em que o desejo se afirma e se expressa", em que dois homens se beijaram. 

Representante do Parlamento Europeu, a francesa Marion Marechal, que é de extrema direita, classificou este e outros momentos da cerimônia como "propaganda grosseira". 

"Difícil apreciar as estranhas cenas entre Maria Antonietas decapitadas, um trouple [trio amoroso] que se beija, drag queens, a humilhação da Guarda Republicana obrigada a dançar com Aya Nakamura, a feiura dos trajes e das coreografias (...) Procuramos desesperadamente a celebração dos valores do esporte e da beleza da França em meio a uma propaganda 'woke' tão grosseira", afirmou a legisladora.

O termo woke, usado por ela, pode ser traduzido como 'acordado' e é definido, no dicionário Oxford, é "estar consciente sobre temas sociais e políticos, especialmente o racismo". Porém, a palavra vem sendo usada por críticos como um excesso da promoção do politicamente correto.

Em outra mensagem, Marion se dirigiu a todos os cristãos que assistiram à "paródia da Última Ceia". "Essa não é a França que está falando, mas uma minoria da esquerda pronta para qualquer provocação".

Uma das cenas que mais gerou revolta dos conservadores foi o quadro artístico "Festividade", que incluía a imagem de um grupo de drag queens. Elas surgiram sentadas junto a uma mesa, lembrando a última ceia de Jesus Cristo com seus apóstolos. Entre as participantes estavam artistas como Nicky Doll, da 12ª temporada de Rupaul's Drag Race, e Paloma, vencedora da 1ª temporada do Drag Race França. 

Referências à comunidade LGBTQIA+ continuaram com a apresentação da DJ francesa Barbara Butch, militante feminista e lésbica, e o desfile de modelos como Raya Martigny, uma mulher transgênero. A cerimônia teve cerca de quatro horas de duração, com passagens das delegações de atletas pelo Rio Sena, um dos cartões postais da França.

Fonte: Redação Terra
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