Raíssa Machado: "Eu não tinha referências no Paralímpico"
Na última sexta-feira (20), a Petrobrás promoveu um encontro com atletas paralímpicos que disputaram os Jogos de Paris-2024. Uma das convidadas foi Raíssa Machado, que falou com exclusividade ao OTD sobre o começo de sua carreira, e que busca ser inspiração para garotas negras.
"Cara eu fui muito, como que eu posso falar, foi muito Deus, sabe, que realmente quis que eu fosse atleta porque eu não queria, mas eu acho que tudo é um propósito, sabe? Lá atrás eu não tinha referências no paralímpico, mas no olímpico eu tive, que foi a Daiane dos Santos. Ela foi uma referência de mulher negra no esporte, mas eu sabia que pra chegar, entre aspas, até onde a Daiane estava, eu precisava curar coisas dentro de mim também como mulher, mulher preta, porque a gente sabe que é difícil, infelizmente", disse a atleta.
A medalhista ainda afirmou que sua mãe foi a luz no fim do túnel que a mesma precisava. "A gente vê cada obstáculo que a gente tem que ultrapassar todos os dias, não só por ser uma mulher PCD, mas ser negra também. Então, o que eu lembro da Raissa de antigamente era que o meu sonho era ser uma referência porque a única referência que eu tive era a Daiane e minha mãe, fora do esporte, então a minha mãe foi a minha luz no fundo do túnel para eu ser a pessoa que eu sou hoje", finalizou Raíssa.
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Raíssa Machado conquistou a medalha de prata na categoria F56 do lançamento do dardo nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024 após conseguir a marca de 23.51m, na primeira tentativa. Além da capital francesa, Raíssa também levou a prata em Tóquio-2020.