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Rebeca Andrade conquista a medalha de prata na ginástica

Ginasta faz história e conquista o primeiro pódio entre as mulheres brasileiras na modalidade

29 jul 2021 - 10h04
(atualizado às 10h49)
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O sorriso de Rebeca Andrade logo após o primeiro salto que abriu sua participação na final do individual geral da ginástica artística já dizia como seria aquela disputa. Ela começou brilhando e terminou como vice-campeã olímpica nos Jogos de Tóquio na maior façanha de uma ginasta brasileira na história.

Rebeca Andrade exibe a medalha de prata
Rebeca Andrade exibe a medalha de prata
Foto: Ricardo Bufolin/CBG

A paulista de Guarulhos, de 22 anos, pareceu não ter sentido a pressão por um bom desempenho, que aumentou depois de a favorita Simone Biles desistir de competir para cuidar de sua saúde mental. Mesmo sem a melhor ginasta da atualidade na disputa, Rebeca deu um show de talento e conquistou um resultado histórico no Centro de Ginástica de Ariake. Biles estava lá para ver. E viu.

A brasileira, que nos Jogos do Rio tinha ficado na 11ª posição no individual geral, totalizou 57.298 pontos na soma dos quatro aparelhos, ficando na segunda posição. A medalha de ouro ficou com Sunisa Lee, dos Estados Unidos, e o bronze com Angelina Melnikova, do Comitê Olímpico Russo (ROC). Rebeca ainda vai atrás de mais dois pódios no Japão porque está nas finais de salto e do solo. E o ouro só não veio por causa de dois erros no solo, sua especialidade.

O resultado coroa uma atleta que sempre foi muito talentosa, mas teve problemas de lesão que a tiraram de eventos importantes. Mas agora, bem fisicamente, mostrou ao mundo suas qualidades e ganhou aplausos ao se apresentar no salto, barras assimétricas, trave e no solo ao som instrumental de "Baile de Favela".

Rebeca poderia ter tido uma projeção maior antes não fossem as graves lesões que sofreu. Em 2019, ela foi submetida a uma terceira cirurgia no joelho direito (ligamento cruzado anterior) que a deixou fora do Mundial. Por causa de uma lesão idêntica dois anos antes, ela também perdeu o Mundial e os Jogos Pan-Americanos de Lima.

Devido à pandemia de covid-19, veio o adiamento para os Jogos de Tóquio e isso para ela foi bom, porque ela pôde se recuperar ainda mais da lesão e ganhar ritmo de competição. Acabou se classificando para a Olimpíada no Campeonato Pan-Americano, realizado no Rio, mostrando séries boas nos aparelhos.

Família humilde

Rebeca começou na ginástica artística em Guarulhos. Sua tia estava trabalhando no Ginásio Bonifácio Cardoso e descobriu que haveria um teste. A mãe da garota permitiu que ela fizesse o teste e foi aprovada logo quando tinha 4 anos. Por ser forte e veloz, logo mostrou que tinha aptidão para aquilo.

Ela treinou por cinco anos lá, entre 2005 e 2010. Mas passou por muitas dificuldades. De família humilde, muitas vezes não tinha como ir até o local para treinar. A mãe trabalhava como empregada doméstica para cuidar dos oito filhos. Mas desde o início ela recebeu bastante ajuda, tanto dos treinadores quanto dos familiares.

*Com informações do Estadão Conteúdo

Fonte: Redação Terra
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