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Rebeca Andrade conquista medalha de prata histórica para ginástica do Brasil em Tóquio

29 jul 2021 - 10h14
(atualizado às 13h16)
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Rebeca Andrade conquistou nesta quinta-feira a primeira medalha olímpica na história da ginástica artística feminina do Brasil ao ficar com a prata no individual geral dos Jogos Olímpicos de Tóquio.

Rebeca Andrade durante final do individual geral na ginástica na Tóquio 2020 
29/07/2021 REUTERS/Dylan Martinez
Rebeca Andrade durante final do individual geral na ginástica na Tóquio 2020 29/07/2021 REUTERS/Dylan Martinez
Foto: Reuters

Rebeca, de 22 anos, terminou a competição com a pontuação total de 57,298 --15,300 no salto, 14,666 nas barras assimétricas, 13,666 na trave e 13,666 no solo. A norte-americana Sunisa Lee levou o ouro com 57,433 no total e a russa Angelina Melinkova ficou com o bronze com 57,199.

A prova do individual geral, em que as atletas competem em todos os quatro aparelhos da ginástica e têm as notas somadas, teve uma ausência importante em Tóquio: a norte-americana Simone Biles, que desistiu de disputar a final após se classificar com a melhor nota para se concentrar em sua saúde mental.

Nas classificatórias da ginástica, no último domingo, Rebeca terminou o dia com a segunda maior nota entre todas as competidoras, com um total de 57,399 pontos, ficando atrás apenas de Biles, que conseguiu 57,731, o que deixou a brasileira entre as favoritas na prova do individual geral.

Biles, que estava nas arquibancadas aplaudindo as ginastas, ganhou cinco medalhas nos Jogos do Rio em 2016, incluindo quatro ouros, saiu vitoriosa de todas as provas de individual geral que disputou desde 2013 e era apontada como um dos grandes nomes desta Olimpíada.

LESÕESA trajetória de Rebeca até os Jogos de Tóquio foi marcada por lesões. Em meados de 2019, a ginasta paulista rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho pela terceira vez em quatro anos. Essas lesões a mantiveram fora de três dos quatro campeonatos mundiais que ela competiria.

A classificação para a Olimpíada só foi confirmada no começo de junho deste ano, com a conquista da medalha de ouro no individual geral do Campeonato Pan-Americano. Rebeca viajou para Tóquio sem a equipe feminina do Brasil, que não conseguiu se classificar após disputar quatro Jogos Olímpicos consecutivos.

As ginastas brasileiras chegaram perto de conquistar medalhas em outras Olimpíadas na disputa por aparelhos. Daiane dos Santos foi quinta colocada no solo em Atenas 2004 e Flávia Saraiva também terminou na quinta posição na trave na Rio 2016.

Flávia Saraiva, de 21 anos, também está disputando os Jogos de Tóquio e garantiu vaga na final da trave. Rebeca disputará ainda medalhas em dois aparelhos em Tóquio, depois de ter ficado em terceiro lugar no salto e em quarto no exercício de solo na etapa de qualificação.

Os homens brasileiros já conquistaram quatro medalhas olímpicas na ginástica artística, todas em aparelhos individuais, com destaque para as medalhas de ouro e prata de Arthur Zanetti nas argolas nos Jogos de 2012 e 2016, respectivamente. Ele tentará sua terceira medalha olímpica em Tóquio.

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