Rebeca Andrade detalha tratamentos para encarar maratona e coloca em xeque salto autoral para final
Ginasta pode se igualar a Robert Scheidt e Torben Grael com maior medalhista do Brasil nas Olimpíadas
Rebeca Andrade enfrenta uma verdadeira maratona nos Jogos Olímpicos de Paris. A ginasta de 25 anos ajudou o Brasil na inédita campanha da medalha de bronze por equipes na ginástica artística, ficou com a prata no individual geral, disputa a final do salto neste sábado, 3, e ainda vai brigar por pódios na trave e no solo.
A cobertura dos Jogos de Paris no Terra é um oferecimento de Vale.
Para aguentar a sequência de provas, a campeã olímpica do salto em Tóquio-2020 tem adotado uma sequência de tratamentos quando está na Vila Olímpica. Na parte da manhã, ela faz Crioterapia --técnica com aplicação de gelo para prevenção e tratamento de lesões--, depois fisioterapia e massoterapia.
“Tudo isso junto com uma alimentação muito boa, além de beber muita água para o corpo poder voltar, né? E dar aquela recuperada”, explicou a ginasta.
Segundo Rebeca, as finais restantes são mais ‘tranquilas’ porque uma “competição grande de quatro aparelhos exige muito da sua cabeça e do seu corpo”. Ela já declarou que não deve competir mais o individual geral por ser desgastante. “Meus membros inferiores, joelho e tornozelo, agradecem”, argumentou a atleta, que já passou por três cirurgias no joelho.
Na final do salto deste sábado, 3, Rebeca pode apresentar uma carta na manga para tentar ameaçar o favoritismo de Simone Biles, que deve voltar a apostar no Biles II, como fez na decisão do individual geral. O movimento da norte-americana é considerado o mais difícil e tem 6.4 de nota de partida.
A resposta da brasileira poderia vir com o ‘Andrade’. O salto inédito é o Yurchenko com tripla pirueta que nunca foi realizado e vai ser batizado em homenagem a Rebeca caso seja realizado por ela em Paris. Ele teria nota de partida 6.0. Porém, não é garantia que ele vai estar entre as duas escolhas da atleta paulista na final deste sábado. O técnico Francisco Porath já afirmou que a estratégia é garantir o pódio e não ir para o tudo ou nada.
“Todo mundo sabe que eu anunciei lá que eu ia saltar tripla e vai depender muito de como eu vou estar no dia. Se eu chegar aqui no sábado e tiver me sentindo excelente, pode ser que eu faça, mas eu posso estar me sentindo excelente e também não fazer. A gente tem que colocar na balança e ver o que é que vale a pena, entendeu?”, declarou Rebeca após a final do individual geral.
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