Rebeca Andrade e Flávia Saraiva exaltam conquistas do Brasil no Mundial de ginástica e agradecem apoio: "Base de tudo é o trabalho"
O Brasil conquistou mais duas medalhas neste domingo no Mundial de ginástica artística, em Antuérpia, na Bélgica. Rebeca Andrade e Flávia Saraiva garantiram prata e bronze no solo após pontuarem 14,500 e 13,966. A norte-americana Simone Biles, com 14,633, faturou o ouro.
É a primeira vez na história que duas ginastas do mesmo país ficam no mesmo pódio. Após a grande conquista da nação brasileira, Rebeca destacou que nada disso teria sido conquistado sem esforço e ressaltou a força do trabalho duro.
"Eu acho que cada geração que passou mostrou para a gente que era possível, e hoje estar nessa geração, com essas meninas, ter conquistado tudo isso, além de ser inédito, é algo que traz muita honra e orgulho para a gente. É muita luta, muito trabalho. Se isso não estivesse sendo feito a gente não estaria aqui conquistando tantas coisas. A base de tudo isso é o trabalho de tantas pessoas boas que ajudaram e a gente continuou acreditando. É deixar de ser um sonho, virar um objetivo, chegar aqui e fazer acontecer. Não foi fácil, mas a gente conseguiu", afirmou em entrevista ao SporTV.
Flávia Saraiva apontou a importância das conquistas para a ginástica brasileira, que vem ganhando protagonismo no cenário mundial desde a medalha olímpica de Rebeca Andrade em Tóquio.
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"Começou com a Daniele Hypólito, veio com a Daiane dos Santos, e continuar fazendo parte dessa história, conquistando resultados inéditos, estando entre as melhores, é muito importante para o nosso país e para mostrar também para as pessoas que o Brasil têm (grandes ginastas), a Rebe tem nove medalhas mundiais, isso é histórico para a gente", declarou.
A ginasta, que levou o bronze neste domingo, também falou sobre a emoção de levar sua primeira medalha individual em mundiais. "Para mim, conquistar essa minha primeira medalha individual depois de tantos mundiais também está sendo muito importante. Estou muito grata de cada vez mais fazer história com a ginástica".
Rebeca Andrade e Flávia Saraiva ainda comentaram sobre o início de suas trajetórias na ginástica. Ambas agradeceram todo o apoio que tiveram ao longo da caminhada e ressaltaram que nenhuma das medalhas conquistadas neste Mundial de Antuérpia teria sido possível sem a família.
"Foi muita gente apoiando antes mesmo de saberem o que a gente poderia ser. Então terem acreditado que aquele potencial que a gente tinha poderia virar algo faz toda a diferença. Eu sempre tive muita ajuda, desde os meus vizinhos que davam dinheiro emprestado para a minha mãe para que eu pudesse ir para o estádio treinar, aos meus treinadores. Eles sempre me apoiaram. Depois o comitê olímpico entrou para ajudar a gente, a CBG (Confederação Brasileira de Ginástica), o Flamengo (nosso clube). Todo esse apoio transformou a gente. É acreditar antes mesmo de saber", disse Rebeca.
Andrade completou: "Estou muito feliz, muito grata. Eu amo a minha vida, amo a minha história, a minha família abdicou de muitas coisas para que eu pudesse crescer nesse esporte, eles pegaram o meu sonho e transformaram no sonho deles. Eu devo tudo a minha família".
Flavinha Saraiva brilhando no solo do Mundial de Ginástica Artística, em Antuérpia 🇧🇪
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"Eu vim de um projeto social, de uma comunidade, e foi como ela falou: a minha família também abdicou de muita coisa para ir em busca do meu sonho junto comigo. Quero agradecer todo mundo o COB, a CBG, o Flamengo, que se juntaram com a gente e falaram: 'Vocês querem isso? Então a gente vai em busca desse resultado. Muita gente deixou de estar com a família para estar com a gente aqui e lutar com a gente por esses resultados, então só temos a agredecer", finalizou Flávia Saraiva.
Rebeca Andrade chegou à sua nona medalha da carreira em Mundiais pelo Brasil, enquanto Flávia Saraiva enfim conseguiu faturar seu primeiro pódio após ter batido na trave no Mundial de 2019, quando copou o quarto lugar. Mais cedo neste domingo, Rebeca já tinha levado o bronze na trave.
Gazeta Esportiva
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