Regras do Skate: veja quais são e conheça a história do esporte

Entenda as regras da modalidade que promete muitas medalhas ao Brasil em Paris

Redação Terra

18 jul 2024 - 21h35

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A fadinha Rayssa Leal é o principal nome do Brasil no skate
Foto: Fred Lee / Getty Images

Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 se preparam para receber os maiores nomes do skate mundial nas duas modalidades mais conhecidas do esporte: street e park. O Brasil levará 12 atletas de peso para a competição, incluindo os já medalhistas olímpicos Rayssa Leal, Kelvin Hoefler e Pedro Barros, que deverão realizar suas melhores manobras para serem avaliados de acordo com grau de dificuldade, velocidade e variedade de movimentos no torneio que ocorrerá na icônica Praça da Concórdia, entre os dias 27 e 28 de julho (street) e 6 e 7 de agosto (park).

Saiba mais sobre esse esporte, suas regras, modalidades e quem compõe o Time Brasil na Olimpíada de Paris.

Quais são as regras do skate?

As provas consistem em duas fases: preliminares e finais, nas duas modalidades, cada uma com suas regras. No park, a competição acontece em um percurso variado que combina curvas com bowls, integrando velocidade e agilidade na hora de efetuar as manobras no ar. Os atletas são julgados pela velocidade e pela altura alcançada, além de terem que provar a capacidade de usar toda a superfície e os obstáculos apresentados. São três voltas de 45 segundos sendo que a pontuação que conta é a da melhor volta.

Já no street, o percurso é em linha e apresenta obstáculos que imitam ambientes urbanos, como escadas e corrimãos. Aqui as regras são um pouco diferentes e os skatistas são avaliados pela maneira como controlam o skate e pelos cinco truques que realizam durante as duas corridas de 45 segundos cada. Para a pontuação, a melhor corrida e as duas manobras mais bem avaliadas são somadas, e o resto descartado.

Em ambas as modalidades, estão entre os critérios de julgamento a dificuldade das manobras, o uso da pista, o estilo e a fluidez na volta.

Qual foi a origem do skate?

O skate apareceu na década de 1950, na Califórnia, Estados Unidos. Os inventores seriam surfistas que criaram o “surfe de asfalto” ao colocarem rodinhas de patins em uma prancha durante um período de maré baixa. A partir da década seguinte, ele se popularizou e seus equipamentos começaram a ser mais desenvolvidos. Com a expansão do esporte, os primeiros campeonatos foram realizados no estado ainda em 1960.

Pedro Barros garantiu a prata no skate park em Tóquio 2020
Foto: Ezra Shaw / Getty Images

A modalidade park pode ter surgido em 1970, quando skatistas californianos passaram a usar piscinas vazias como pistas. Em 1980, quem se desenvolveu foi o street, com o uso de rampas de madeira.

Mas foi em 1990, com a lenda do esporte Tony Hawk, que a modalidade ganhou projeção mundial. Com a visibilidade, o esporte se tornou ainda mais popular e atraiu mais adeptos, ganhando campeonatos próprios e de esportes radicais, como o X Games, e se consolidando no cenário esportivo.

Inclusão do skate nas Olimpíadas

O skate foi oficialmente incluído no programa olímpico nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 e fez tanto sucesso que se garantiu para a edição de Paris. O esporte foi aprovado por unanimidade pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) junto com o beisebol/softbol, caratê, surfe e escalada esportiva.

A notícia foi muito comemorada por atletas e fãs do esporte, que viram o skate ganhar uma proporção muito maior atingindo um público de todas as idades.

Brasil na Olimpíada

Ao todo, 12 brasileiros vão competir no skate stree e park em Paris: Rayssa Leal, Pâmela Rosa, Gabi Mazetto, Raicca Ventura, Dora Varella, Isadora Pacheco, Giovanni Vianna, Kelvin Hoefler, Felipe Gustavo, Pedro Barros, Augusto Akio e Luigi Cini. Desses, três já são medalhistas olímpicos.

Rayssa Leal brilhou na edição de Tóquio e conquistou a prata no street, assim como Kelvin Hoefler. Pedro Barros também subiu ao segundo lugar mais alto do pódio, na modalidade park. Assim, com três pratas, o Brasil teve o segundo melhor desempenho da competição, ficando atrás apenas do Japão, com cinco medalhas.

As chances de medalha são grandes, com atletas muito promissores. Para se classificar para a Olimpíada, o critério foi o desempenho dos skatistas em eventos nacionais e continentais de 2019 e 2020. Foram somadas as sete maiores pontuações entre as duas temporadas para definir os selecionados. Só tem gente boa no páreo!