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Resumo: Brasil fecha Paralimpíada em 7º, com melhor campanha

Medalha de Alex Pires, neste domingo, em uma das maratonas faz País igualar recorde de pódios dos Jogos do Rio-2016

5 set 2021 - 06h50
(atualizado às 11h53)
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O Brasil conseguiu igualar o recorde de medalhas conquistadas em uma edição da Paralimpíada no último dia de disputa da Tóquio-2020, com a prata de Alex Pires na maratona.

Alex Pires mostra com orgulho a medalha de prata conquistada neste domingo, a última da Paralímpíada para o Brasil Lisi Niesner Reuters
Alex Pires mostra com orgulho a medalha de prata conquistada neste domingo, a última da Paralímpíada para o Brasil Lisi Niesner Reuters
Foto: Lisi Niesner / Reuters

Com mais esse pódio, o Brasil chegou a 72, assim como no Rio, e fechou no sétimo lugar no quadro de medalhas, assim como em Londres. Mas os atletas brasileiros já haviam superado o recorde de ouros (que era de Londres), tornando a campanha em Tóquio a melhor da história. Veja como foram as competições do último dia dos Jogos Paralímpicos.

Maratona

A 72ª medalha brasileira em Tóquio foi de Alex Pires. O corredor fechou a maratona masculina T46 (atletas amputados nos membros superiores) em segundo lugar, com com 2h27min00s. Ele ainda repetiu gesto de Vanderlei Cordeiro de Lima em Atenas-2004 e cruzou a linha de chegada imitando um avião. O ouro ficou com o chinês Chaoyan Li e o bronze do japonês Tsutomu Nagata.

Alex Pires faz o aviãozinho antes da chegada Alê Cabral CPB
Alex Pires faz o aviãozinho antes da chegada Alê Cabral CPB
Foto: Alê Cabral / CPB

A maratona T12 (atletas cegos ou com pouca visão) contava com duas representantes brasileiras: Edneusa Santos ficou em quarto e Edilene Teixeira Boaventura, que na verdade é da classe T11 (totalmente cegos) ficou com a sétima colocação.

Vanessa Cristina terminou em 12º lugar na maratona T54 (cadeirantes com lesão na coluna) feminina. A brasileira fechou a prova com o tempo de 1min51s12, 13 minutos atrás da primeira colocada, Madison de Rozario. Dono de dois ouros nos 1500m e 5000m T11, Yeltsin Jacques abandonou a maratona masculina T12. O brasileiro deixou a prova aos 21km, logo após completar a metade do percurso.

Parabadminton

O brasileiro Vitor Tavares foi derrotado na decisão do bronze na categoria SH6 (atletas anões) do badminton pelo britânico Krysten Coombs, por 2 games a 1. Ele ficou muito perto de garantir o recorde de medalhas paralímpicas para o Brasil, mas acabou superado de virada, com parciais de 21/11, 10/21 e 16/21. Único representante brasileiro na modalidade, Tavares encerra participação em Tóquio na quarta colocação.

Vitor Gonçalves Tavares durante partida no parabadminton Takuma Matsushita CPB
Vitor Gonçalves Tavares durante partida no parabadminton Takuma Matsushita CPB
Foto: Takuma Matsushita / CPB

Basquete em cadeira de rodas

O Japão ficou perto, mas acabou sendo derrotado pelos Estados Unidos num jogo bastante equilibrado por 64 a 60 na final masculina. É a 22ª medalha paralímpica dos Estados Unidos na modalidade, o 13º ouro, enquanto a prata foi a primeira medalha japonesa no esporte em Paralimpíada. O bronze foi da Grã-Bretanha.

Vôlei sentado

Outro esporte coletivo que teve os Estados Unidos no topo do pódio, o vôlei sentado feminino teve a final disputada pelas americanas contra a China e vencendo por 3 sets a 1. As norte-americanas, algozes das brasileiras nas semifinais, jamais ficaram de fora do pódio em uma edição da modalidade. Na madrugada anterior, o Brasil havia superado o Canadá também por 3 sets a 1 para ficar com o bronze.

Melhor posição

Mesmo sem levar mais nenhum ouro no último dia, o Brasil conseguiu assegurar a sétima posição no quadro de medalhas. Única candidata a pegar a posição, a Austrália também não conseguiu mais nenhum ouro, nem nas maratonas nem no tiro esportivo, e ficou atrás. Dessa forma, o Brasil repete Londres-2012, a melhor colocação histórica do País em Jogos Paralímpicos.

Covid-19

297 pessoas ligadas à Paralimpíada testaram positivo para o coronavírus desde que o Comitê Paralímpico Internacional (IPC) passou a divulgar o balanço, no dia 12 de agosto. A maioria dos infectados foi de residentes ou trabalhadores japoneses, embora alguns atletas também tenham testado positivo. A avaliação do IPC é que mesmo com a situação ruim do Japão na pandemia, com Tóquio e outras cidade batendo recorde de casos, isso não afetou a realização dos Jogos.

Estadão
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