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Rodrigo Pessoa supera Scheidt e Formiga no recorde brasileiro de participações em Jogos Olímpicos

Campeão no salto individual do hipismo em Atenas-2004, cavaleiro sofre eliminação junto da equipe na estreia em Paris, no que é sua oitava Olimpíada

1 ago 2024 - 11h23
(atualizado às 14h48)
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Rodrigo Pessoa disputa, aos 51 anos, a sua oitava Olimpíada nos Jogos de Paris-2024. Ele supera o recorde brasileiro de participações, até então do velejador Robert Scheidt e da jogadora de futebol Formiga, com sete edições cada um. Entre conquistas e polêmicas, prevalece o ouro conquistado em Atenas-2004, junto do cavalo Baloubet Du Rouet, morto em 2017.

A estreia em Paris seria nesta quinta-feira, 1º, nos saltos em equipes. Pessoa montaria o cavalo Major Tom. Entretanto, o cavaleiro foi eliminado antes mesmo de poder fazer o percurso. Pedro Vennis foi o primeiro atleta da equipe brasileira e não sofreu punições. A espora, porém, machucou o cavalo Nimrod de Muze, o que eliminou o time inteiro.

Pessoa ainda tem uma chance em Paris, no salto individual. A etapa de classificação está prevista para 5 de agosto, no Palácio de Versalhes, a partir das 9h (horário de Brasília). Além do recorde brasileiro, a participação na capital francesa é especial por ser a cidade de nascença do jóquei. Ele nunca morou no Brasil, mas optou pela cidadania brasileira aos 18 anos.

O campeão olímpico começou a montar aos cinco anos. Quatro anos depois, ele participou do primeiro campeonato, na Inglaterra, na classe pônei. Nesta mesma categoria, conquistou o primeiro campeonato, na Bélgica.

A estreia de Pessoa em Jogos Olímpicos foi em Barcelona-1992, quando foi jóquei mais jovem da edição, competiu ao lado do pai, Nelson Pessoa, e ficou em 9º lugar na classificação individual. O ciclo seguinte foi de consolidação. Em 1995, ele foi ouro nos Jogos Pan-Americanos de Mar Del Plata. Um ano depois, fez sua segunda participação olímpica e levou o bronze nos saltos por equipes.

A frustração de Sydney-2000 e o topo em Atenas-2004

Rodrigo Pessoa vivia uma alta no final da década de 1990, após os títulos do Mundial de 1998, em Roma, e o bicampeonato da Copa do Mundo, entre 1998 e 1999 - viria ainda o tri, em 2000.

Além disso, ele montava o fenômeno Baloubet Du Rouet, considerado o melhor cavalo do mundo na época. A dupla era esperança de medalha de ouro em Sydney-2000. Soma-se a isso que todas as outras apostas de campeões haviam decepcionado.

A expectativa por um ouro no hipismo foi também frustrada. O verbo "refugar" se tornou parte do vocabulário brasileiro para definir a ação do cavalo Baloubet. Foram três tentativas de saltos, mas o animal não obedeceu. O esperado ouro não veio, e até mesmo o bronze conquistado teve gosto amargo. O Brasil ficou sem subir no topo do pódio, o que não acontecia desde Montreal-1976.

Novamente, porém, não teve um grande desempenho. Apesar de ter conseguido um primeiro lugar na primeira rodada de qualificação do salto individual, não repetiu a performance.

Na Rio-2016, Pessoa chocou ao preferir desistir da participação a ser reserva da equipe. O técnico George Morris argumentou que a égua de Rodrigo não estava nas mesmas condições que as dos demais cavaleiros, o que não agradou o atleta.

"O único lugar em que não posso contribuir é na reserva", desabafou na época. Em nenhuma das provas, o Brasil chegou ao pódio.

Retorno em Tóquio-2020 e recorde em Paris-2024

Em 2021, Rodrigo Pessoa foi para o Japão com o cavalo Carlitos Way 6. Novamente, o cavaleiro enfrentou um animal que refugou. A experiência, desta vez, foi não insistir. Ele garantiu a classificação à final, mas desistiu de participar.

"Para mim Tóquio acaba aqui. O meu cavalo não está em condições de ajudar a equipe", avaliou na época.

A convocação a Paris foi precedida por um bronze por equipe no Pan de Santiago, em 2023.

Estadão
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