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Scheidt fecha Mundial em 12º, garante índice para sua 7ª Olimpíada e faz história

Maior medalhista olímpico do Brasil comemora feito: 'Saio do Japão com a sensação de missão cumprida'

9 jul 2019 - 13h32
(atualizado às 13h35)
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Maior medalhista olímpico do Brasil, com cinco pódios, Robert Scheidt voltou a fazer história. O velejador de 46 anos garantiu índice para disputar a sua sétima Olimpíada, um recorde entre atletas brasileiros, ao terminar nesta terça-feira a sua participação no Mundial da classe Laser em 12º lugar, em Sakaiminato, no Japão.

Desta forma, ele fechou a competição seis posições abaixo da linha de corte estipulada pela Confederação Brasileira de Vela (CBVela), que era a 18ª colocação. O brasileiro ainda precisará esperar, porém, pela sua convocação para os Jogos de Tóquio-2020 porque, pelo critério adotado pelo Conselho Técnico da Vela (CTV) e ratificado pela CBVela, o bicampeão olímpico pode perder a vaga olímpica se outro atleta do Brasil for medalhista no evento-teste de Enoshima, ainda neste ano, ou subir ao pódio no Mundial da classe Laser em 2020.

"Saio do Japão com a sensação de missão cumprida e bem contente por ter dado esse passo importante, que foi cumprir o índice da CBVela e do Comitê Olímpico Brasileiro. O fato de estar elegível para a equipe do Brasil que vai competir em Tóquio, em 2020, é um motivo a mais para trabalhar, pois esse Mundial mostrou que, para atingir o objetivo de andar entre os Top 5 e chegar ao Top 3, ainda existem detalhes da minha velejada que preciso aprimorar. Esse vai ser o foco para os próximos meses", afirmou Scheidt, por meio de declarações distribuídas pela sua assessoria.

E o experiente velejador já projetou o grande desafio que terá no próximo mês, também no Japão. "Vou competir na raia olímpica, em agosto, em Enoshima, com objetivo de ratificar a vaga e buscar evolução para estar em condições de brigar por medalha em Tóquio", reforçou.

Scheidt exibiu desempenho oscilante neste Mundial da Laser em Sakaiminato e, no último dia de disputas da competição, voltou a ter dificuldades e obteve um 21º e um 32º lugares nas regatas finais. Mesmo assim, conseguiu se manter em 12º na classificação geral, 13 à frente de Bruno Fontes, concorrente direto à vaga na equipe brasileira em Tóquio-2020, que terminou em 25° no geral.

Este Mundial foi a terceira grande competição de Scheidt em seu retorno à classe Laser, na qual ele foi medalhista de ouro olímpico nos Jogos de Atlanta-1996 e Atenas-2004, assim como faturou uma prata em Sydney-2000. Entre o final de março e início de maio, ele disputou o Troféu Princesa Sofia e a Semana de Vela de Hyères. Em ambas as competições, ele ficou a apenas uma posição de avançar à medal race, a regata da medalha. E antes de competir em Sakaiminato, ele ganhou o título europeu da classe Star, na qual conquistou as suas outras duas medalhas olímpicas: a prata em Pequim-2008 e o bronze em Londres-2012.

Em Tóquio-2020, Scheidt almeja se isolar como maior medalhista olímpico do Brasil. Ele divide este status com o velejador Torben Grael, que também acumula cinco pódios: dois ouros (em Atlanta-1996 e Atenas-2004) e dois bronzes (Seul-1988 e Sydney-2000), todos na Star, além de uma prata em Los Angeles-1984, na classe Soling.

Estadão
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