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Simone Biles aposenta salto 'mais difícil do mundo' após Olimpíadas de Paris-2024

Ginasta, que ainda deixa em aberto participação em Los Angeles-2028, já havia antecipado decisão logo após medalha de ouro nos Jogos

3 set 2024 - 15h40
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Simone Biles, grande nome da ginástica artística moderna, não definiu sua aposentadoria do esporte, mas uma coisa já é certa: o Biles II, salto com maior grau de dificuldade já visto, não será mais executado pela atleta que o patenteou. Nesta segunda-feira, a americana anunciou a decisão por meio de um "velório" em suas redes sociais. Em agosto, Biles já havia dado indícios de que não repetiria o movimento em sua próxima competição.

"Descanse em paz, Yurchenko Double Pike", escreveu a ginasta, em uma foto sobre a mesa em que o salto é realizado. "Se foi, mas literalmente jamais será esquecido", respondeu a conta do time de ginástica dos Estados Unidos. Yurchenko Double Pike, também conhecido por Biles II, é um movimento da Yurchenko — um grupo de saltos de entrada.

Na Olimpíada de Paris, Biles conquistou quatro medalhas - três de ouro (individual geral, por equipes e no salto) e uma de prata (solo). Nos três ouros, o Biles II foi crucial para ela superar a concorrência, em especial Rebeca Andrade. Após os Jogos, ela garantiu que ainda pensa se competirá em 2028, quando Los Angeles, nos Estados Unidos, receberá a competição. Ela também afirmou que não pensava em utilizar o salto novamente em competições oficiais.

"Se é a minha última competição de salto? Eu meio que acertei nessa competição, então nunca diga nunca. Definitivamente é a última vez que faço o Yurchenko Double Pike", afirmou, em entrevista coletiva. "A próxima Olimpíada é em casa. Nunca se sabe, mas estou ficando animada", afirmou a ginasta de 27 anos. No movimento, Biles faz um round off ("estrelinha") em direção ao trampolim, entra de costas para a mesa e executa dois mortais carpados antes de pousar.

No Biles II, ela pode tirar, no máximo, 16.400, pela nota de dificuldade e execução; em comparação, Rebeca Andrade, com o Cheng, parte de uma nota inicial de 15.600. As duas rivalizaram no pódio em Paris, com a americana se rendendo à brasileira após a final do individual geral. "Essa medalha de ouro significa o mundo pra mim, mas acho que não consigo mais competir com a Rebeca", disse, em tom de brincadeira, após a conquista. "Estou muito orgulhosa dela, ela chegou perto demais. Nunca tive uma atleta tão próxima".

Estadão
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