Simone Biles não cravou e tirou nota maior que Rebeca Andrade. Por quê?
Entenda como é a avaliação da ginástica
Terminar o movimento de maneira perfeita é vista muitas vezes como sinônimo de nota maior que as concorrentes na ginástica artística. Porém, é importante saber que cravar não é o suficiente para garantir ‘notão’. Existem vários elementos analisados em cada aparelho. Entenda como funciona a disputa.
A cobertura dos Jogos de Paris no Terra é um oferecimento de Vale.
Nesta quinta-feira, 1º, durante a disputa da final do individual geral nos Jogos Olímpicos de Paris, a internet ficou revoltada após Simone Biles ser mais bem avaliada do que Rebeca Andrade no salto mesmo sem cravar o seu movimento.
A norte-americana tirou 15.766 contra 15.100 da brasileira, que finalizou sem nenhum passinho.
Os juízes estão certos? Eles precisam avaliar várias coisas. Por exemplo, toda ginasta tem, no salto, um nota de partida, que é definida pela dificuldade do seu movimento. No caso de Biles, por exemplo, o Biles II --considerado o salto mais difícil do mundo--, tem uma pontuação altíssima, o que permite que ela tenha um resultado melhor, mesmo não cravando.
O Biles II é um Yurchenko duplo carpado, cuja a nota de partida é 6.4, consiste em uma entrada de costas na mesa e um duplo mortal carpado. Já Rebeca optou por um Chang, que começa ser avaliado em 5.6, e também é uma entrada de costas com uma pirueta.
Nos outros aparelhos, os juízes também julgam a execução, todas partem de 10 e vão sofrendo desfalquies, e a realização de movimentos obrigatórios. E não existe ordem para apresentação dos elementos obrigatórios, eles só precisam estar inclusos na série.