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Simone Biles voa sobre próprios desafios e comanda EUA em 'jornada da redenção' por ouro na ginástica

Ginasta, que pediu dispensa da seleção estadunidense em Tóquio-2020 para cuidar da saúde mental, liderou a equipe na conquista em Paris-2024

30 jul 2024 - 17h36
(atualizado às 18h38)
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Simone Biles voa sobre próprios desafios e comanda EUA em 'jornada da redenção' por ouro na ginástica
Simone Biles voa sobre próprios desafios e comanda EUA em 'jornada da redenção' por ouro na ginástica
Foto: REUTERS

Após ganhar a segunda de quatro medalhas de ouro nos Jogos do Rio, em 2016, Simone Biles cravou: "Não sou o próximo Usain Bolt ou Michael Phelps. Eu sou a primeira Simone Biles". Oito anos depois, o fenômeno da ginástica artística comandou a equipe dos Estados Unidos no quarto ouro do País na final em equipes -- e a nona medalha consecutiva na modalidade -- nos Jogos Olímpicos de Paris

  • A cobertura dos Jogos de Paris no Terra é um oferecimento de Vale.

Seja nas barras, solo ou cavalo, Simone Biles executa movimentos tão naturais que os faz parecerem fáceis de serem executados. No entanto, o peso de ser um dos maiores nomes de uma modalidade que exigem perfeição em cada ação fez com que ela tivesse de abandonar uma Olimpíada pela própria saúde. 

O auge do estresse atingiu Simone, à época com 24 anos e carregando grandes expectativas, na disputa dos Jogos de Tóquio. Foram quatro finais individuais e a em equipes deixadas pra trás para que a ginasta pudesse priorizar a saúde mental, chocando o mundo do esporte. 

Os motivos para a saída da Olimpíada vieram à tona depois: uma somatória do trauma decorrente de abuso sofrido pelas mãos do ex-médico da seleção dos EUA, o isolamento causado pela pandemia de covid-19, que impactou os Jogos, e a sensação de que ela tinha “o peso do mundo” sobre os ombros. 

Simone Biles voa sobre próprios desafios e comanda EUA em 'jornada da redenção' por ouro na ginástica
Simone Biles voa sobre próprios desafios e comanda EUA em 'jornada da redenção' por ouro na ginástica
Foto: REUTERS

“Trabalhar cinco anos por um sonho e ter que desistir dele não foi nada fácil”, disse ela à NBC, enquanto estava no Japão. Responsabilidades e traumas capazes de fazer com que outras pessoas desistissem não pararam Simone Biles, a primeira de seu nome. 

Em paralelo às próprias dúvidas persistentes sobre seu futuro no esporte, Simone se tornou uma porta-voz na luta pela da saúde mental entre atletas. “É muito importante que eu cuide da minha mente tanto quanto cuido do meu corpo, seja no esporte ou fora dele", disse ao Olympics, em setembro de 2023.

Fora dos ginásios, Simone se casou com Jonathan Owens, jogador de futebol americano do Chicago Bears, que obteve a dispensa de seu time para acompanhar e dar apoio à amada em Paris. 

“Fui casada com a ginástica por muito tempo e agora sinto que tenho tantas outras coisas na minha vida, com a ginástica sendo apenas uma parte do meu dia, porque no final do meu treino eu penso, 'Bem, posso ir para minha casa, para o meu marido, para os meus pets, e antes era: 'treino, treino, treino, treino, treino”, disse a atleta. 

Simone Biles voa sobre próprios desafios e comanda EUA em 'jornada da redenção' por ouro na ginástica
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Foto: REUTERS

Jornada da redenção

Nos três anos que seguiram os Jogos de Tóquio, Simone deu poucos detalhes sobre os planos para as Olimpíadas de Paris. A confirmação veio em junho passado, com a divulgação da lista das convocadas para a disputa olímpica na capital francesa. 

Para si, a ginasta assumiu, como missão pessoal, a tarefa de apagar as lembranças da última Olimpíada: “Esta é definitivamente a nossa turnê de redenção. Sinto que todos temos mais para dar. Nossas apresentações em Tóquio não foram as melhores, também não estávamos nas melhores circunstâncias”. 

Simone Biles reage à apresentação de Rebeca Andrade e viraliza
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Foto: Reprodução/SporTV

E, entre triplo twistes e duplos black-flips, a ginasta comandou a vitória dos Estados Unidos na final em equipes nesta terça-feira, 30, e conquistou sua oitava medalha olímpica, a quinta de ouro. Mas ainda não acabou. Diante de si, outras quatro finais nas categorias individuais aguardam por sua perfomance.

No auge de sua forma física e saúde mental, Biles também encara outra adversária de potência: a brasileira Rebeca Andrade, que 'batutou' o inédito bronze brasileiro na disputa em equipes

A estadunidense reconhece o peso do confronto. Em documentário produzido pela Netflix, a atleta disse ter medo da brasileira, que também a impressionou durante as disputas desta terça-feira. 

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Fonte: Redação Terra
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