Simplesmente "incrível", Allyson Felix alcança recorde com 10ª medalha olímpica
Ela ainda tem mais uma prova pela frente em sua última Olimpíada, mas a norte-americana Allyson Felix já garantiu uma participação em Tóquio digna de sua carreira fantástica.
A velocista alcançou um recorde de dez medalhas olímpicas nesta sexta-feira, ao terminar em terceiro nos 400m rasos, e se tornou a mulher mais condecorada na história do atletismo, ultrapassando a jamaicana Merlene Ottey no quadro de medalhas da história das Olimpíadas, em sua última prova individual olímpica.
"Eu apenas tentei ser mais vulnerável e mais transparente desta vez", disse Felix, de 35 anos, após a corrida. "Por ser uma atleta mais velha, acho que isso é algo que não vemos tanto. Então, tenho compartilhado algumas de minhas próprias lutas."
"Acho que muitas vezes vinculei meu trabalho ao que acontece nesses campeonatos e não queria fazer isso desta vez", acrescentou.
Com sua provável presença na final do revezamento 4x400m no sábado, Felix pode quebrar o recorde de medalhas de Carl Lewis caso ela suba ao pódio mais uma vez em sua quinta e última Olimpíada, perspectiva que parece ser bem-vinda para o ícone do esporte.
"Parabéns @allysonfelix", escreveu Lewis, agora aposentado, no Twitter. "35 nunca pareceu tão bom. Que carreira e inspiração incríveis. Agora vamos ao revezamento."
Felix é apenas a terceira atleta do atletismo a ganhar uma medalha em cinco Jogos diferentes, depois de iniciar sua carreira olímpica na adolescência ganhando a prata nos 200m em Atenas 2004.
"Podemos falar sobre as 10 medalhas olímpicas, mas prefiro falar sobre como essa mulher inspirou tantas pessoas a apostarem em si mesmas", escreveu no Twitter Carmelita Jeter, sua companheira de equipe na medalha de ouro de 2012 na equipe de revezamento 4x100 metros.
Com seis medalhas de ouro olímpicas e 13 títulos mundiais, a resiliência de Felix vai muito além das pistas: ela deu à luz sua filha, Camryn, por meio de uma cesariana de emergência em 2018, após complicações médicas exigirem que o bebê nascesse com 32 semanas.
Ela disse que a "maior coisa" para ela neste ano não foi ganhar mais medalhas, mas sim fazer o retorno.
"Às vezes soa como um clichê, mas honestamente é mais do que apenas eu correndo", disse Felix.
"Hoje cedo eu olhei novamente alguns dos vídeos de coisas que gravamos quando eu estava no hospital com Cammie, e no caminho de volta --aqueles momentos realmente, realmente difíceis-- e é isso que eu tentei explorar."