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Tarefas domésticas, estereótipos e assédio: educadora lista barreiras para mulheres no esporte

Jane Moura, fundadora e presidente da ONG Empodera, foi uma das convidadas do 'Paris é Delas'

23 jul 2024 - 18h14
(atualizado às 18h27)
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Jane Moura explica as dificuldades enfrentadas por mulheres no esporte
Jane Moura explica as dificuldades enfrentadas por mulheres no esporte
Foto: Reprodução/Youtube/Terra

As tarefas domésticas, assim como a cultura e o assédio, são algumas das barreiras que impedem a atuação de mulheres no esporte. Em participação no Paris é Delas, do Terra, na tarde desta terça-feira, 23, Jane Moura, fundadora e presidente da ONG Empodera, explicou as dificuldades enfrentadas por garotas de todas as idades na prática esportiva.

  • Paris É Delas é o programa oficial do Terra com os principais acontecimentos dos Jogos de Paris, oferecido por Vale. Assista aqui no Terra.

"Quando falamos da participação de mulheres e meninas, historicamente, temos diversas barreiras que impedem ou dificultam a participação delas no esporte. Cerca de 34,8% das meninas abandonam a prática esportiva quando chegam na puberdade", disse a educadora.

A falta de tempo, como aponta Jane, impede que as adolescentes sigam no esporte como uma opção de carreira ou mesmo como lazer. 

"Isso porque é uma fase onde a cultura afeta as meninas de diferentes maneiras. Uma das grandes barreiras é a responsabilidade com as tarefas domésticas, tarefas de cuidados. Meninas e mulheres gastam em média 21 horas por semana com tarefas de cuidados domésticos. Qual tempo terão para praticar o esporte?", explicou.

Além da falta de tempo, o assédio é algo que afasta as mulheres da prática esportiva. A educadora citou dados do 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que aponta que uma pessoa é estuprada a cada seis minutos no Brasil, sendo a maioria mulheres.

"Violência é uma grande barreira. Sexualização dos corpos, o assédio e a violência sexual. Muitas vezes se torna um ambiente inseguro para a prática esportiva. É um cenário preocupante. A gravidez na adolescência também. Estereótipos. Questão da resistência da família, e de meninos, de ocupação desses espaços. Meninas negras e periféricas são as mais afetadas", lamentou. 

Em Paris-2024, a delegação brasileira pela primeira vez terá mais mulheres do que homens em uma edição olímpica. Elas representam 153 dos 276 atletas assegurados na capital francesa, segundo o Comitê Olímpico do Brasil (COB).

Fonte: Redação Terra
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