Tati Weston-Webb celebra a prata nos Jogos Olímpicos: ‘É um sonho realizado’
Brasileira ficou 0.17 atrás da norte-americana Caroline Marks
Tatiana Weston-Webb ficou muito perto de conquistar a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris. No último minuto da disputa final do surfe feminino, a brasileira conseguiu uma onda de 4.50 e chegou a 10.33. Apesar da expectativa, a nota foi insuficiente para alcançar os 10.50 da norte-americana e campeã, Caroline Marks, e ela levou a prata para casa.
A cobertura dos Jogos de Paris no Terra é um oferecimento de Vale.
Mesmo sem subir ao topo do pódio, a surfista de 28 anos viveu um sonho no mar de Teahupo'o, no Taiti: “É o momento mais alto na minha carreira, que eu tenho certeza que eu vou alcançar, mas é puro orgulho. Isso para mim é um sonho realizado. Eu nunca acreditei que o mundo do surfe ia ter essa chance. E quando teve, eu consegui”.
Apesar das poucas ondas em algumas baterias, incluindo na própria final, Weston-Webb elogiou a escolha pelo local, que fica a quase 16 mil quilômetros de Paris, cidade-sede dos Jogos Olímpicos.
“Foram dias bem puxados, mas além de puxado, foram dias abençoados. Especialmente porque tivemos o melhor lugar para participar da Olimpíada, e foi uma honra gigante representar o Brasil, o meu país. E quase deu ouro, mas prata é tudo.”
Ao analisar a disputa contra Marks, Weston-Webb garantiu que fez o seu melhor e destacou o equilíbrio da decisão. Mesmo sem o ouro, ela mais uma vez reforçou a alegria pela campanha.
“Sim, foi uma bateria super apertada, mas eu não tenho controle sobre isso. Só posso fazer o meu melhor, eu tentei com o meu máximo fazer aquela última onda ser a virada, mas não foi, né? Às vezes, acontece isso e, cara, eu tô muito feliz, mesmo que não tenha dado certo. Eu tô muito, muito feliz”, completou.
Além da prata de Weston-Webb, o Brasil também teve o bronze de Gabriel Medina nos Jogos Olímpicos de Paris. O tricampeão mundial foi eliminado em uma semifinal quase sem ondas, mas conseguiu se recuperar para garantir o terceiro lugar.
Antes de Paris-2024, a surfista brasileira já havia participado dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, quando a modalidade estreou no programa. Na oportunidade, ela terminou com a nona colocação.