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Triste, mas orgulhosa, Bia Ferreira promete ir a Paris-2024

Medalhista de prata, boxeadora brasileira perdeu para irlandesa em final, mas ainda é jovem e poderá chegar à próxima Olimpíada em seu auge

8 ago 2021 - 04h13
(atualizado às 04h43)
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A boxeadora Beatriz Ferreira estava triste, mas orgulhosa da conquista da medalha de prata na Olimpíada de Tóquio, após a derrota na final dos pesos leves (até 60 kg), neste domingo de madrugada (pelo horário de Brasília), para a irlandesa Kellie Harrington. A brasileira, de 28 anos, prometeu estar de volta à competição nos Jogos Olímpicos de Paris-2024.

Beatriz Ferreira comemora vitória nas quartas de final do torneio feminino de boxe na Tóquio-2020
03/08/2021 REUTERS/Ueslei Marcelino
Beatriz Ferreira comemora vitória nas quartas de final do torneio feminino de boxe na Tóquio-2020 03/08/2021 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

"Saí do Brasil com o objetivo de subir no pódio, aqui estou, queria o lugar mais alto, trocar a cor da medalha, mas estou muito feliz com esta prata, que tem sabor de ouro. Estar em uma final olímpica é para poucas", disse a brasileira, única sul-americana a disputar uma decisão olímpica nesta modalidade.

Emocionada, Bia aproveitou para agradecer a apoio recebido nos últimos cinco anos, que foram de preparação ára Tóquio. "Tenho de agradecer uma equipe inteira, patrocinadores, amigos e minha família. Sou uma Bia mais madura, diferente. Não termina aqui, Paris é logo ali", disse a boxeadora, que analisou a sua derrota neste domingo.

"O atleta sempre quer ganhar. Sabia que estava sendo uma luta parelha. Ela foi superior, mas acredito que foi um belo combate, ela usou a estratégia de anular o meu jogo e não consegui mudar isso. Mas estou feliz de estar nesse pódio, ter conseguido a prata, foi muito importante já que venho participando de campeonatos e apenas um até hoje eu não consegui estar no pódio. Então estar aqui tem o mesmo peso, como se fosse ouro. É duro, mas é gratificante ver que eu trabalhei, fiz as melhores escolhas", afirmou Bia, que somou apenas a sexta derrota em mais de 120 combates.

"Tóquio acabou, mas este ano ainda temos Mundial então não podemos parar. E ai, Paris? Vou conversar com meu treinador ali e vamos ver. Por mim sim. Quero mudar a cor desta medalha. Eu conhecia a irlandesa de campeonatos e só de estarmos no pódio já somos campeãs. Lutamos bastante para estar ali, mesmo eu não tendo conseguido o ouro eu fico feliz por ela estar ali, demos parabéns uma para a outra. E é isso que fica, eu estou com a prata, ela com o ouro, mas eu acredito que a felicidade de todas é a mesma independentemente da medalha", disse Beatriz.

"Espero que com esses Jogos Olímpicos as meninas se animem a lutar. Que não tenha só uma Bia, uma Adriana, mas várias meninas. Eu vou ficar muito feliz. Será uma parte do meu trabalho sendo realizado. Meninas, façam esporte, lutem vale muito a pena", completou a brasileira.

Bia foi convocada em janeiro de 2016 para a equipe olímpica permanente e se mudou para São Paulo, onde iniciou os treinos em CT no bairro de Santo Amaro. Ela tinha apenas seis lutas disputadas na carreira.

A boxeadora ajudou na preparação de Adriana Araújo para a Rio-2016. Em fevereiro de 2017, ela virou a titular da equipe olímpica na categoria 60kg e iniciou suas participações em eventos internacionais. Foi campeã dos Jogos Sul-Americanos de Cochabamba-2018, campeã dos Jogos Pan-americanos, em Lima-2019, campeã mundial em 2019, campeã continental de 2017, 2108 e 2019 e medalha de prata dos Jogos Olímpicos Militares de 2019, além de tetracampeã brasileira.

Estadão
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