Velocista italiano bicampeão olímpico minimiza suspeitas de doping
O velocista italiano bicampeão olímpico Lamont Marcell Jacobs garantiu que não está aborrecido com as suspeitas de doping aventadas pela mídia e que o trabalho duro é a explicação para seus feitos, que quebraram recordes em Tóquio.
Jacobs se tornou o primeiro italiano a conquistar o ouro nos 100 metros rasos em uma Olimpíada, estabelecendo a melhor marca europeia de 9,80 segundos na final, e foi parte da equipe de seu país que triunfou no revezamento 4x100 metros.
As atuações do atleta de 26 anos levaram a reportagens que destacaram casos de doping envolvendo estrelas ascendentes do atletismo, e que o presidente do Comitê Olímpico Italiano, Giovanni Malago, descreveu como "desagradáveis".
"Estas controvérsias não me afetam", disse Jacobs ao jornal Il Messaggero, nesta segunda-feira.
"Sei que cheguei aqui fazendo muitos sacrifícios. Passei por decepções e derrotas, mas sempre me reergui e arregacei as mangas. Se cheguei a este ponto, é somente graças ao trabalho duro. Eles podem escrever o que quiserem", acrescentou.
No sábado, Jacobs disse que rompeu com seu ex-nutricionista assim que soube que Giacomo Spazzini estava supostamente sendo investigado por ligação com substâncias que melhoram o desempenho.
"Isto é algo com que, honestamente, não estou envolvido, porque no primeiro momento em que ouvimos que isto aconteceu, paramos de trabalhar com ele", disse Jacobs, mas acrescentando que "ele não foi considerado culpado".