Zé Roberto fala que Olimpíada é ‘mistério’ e dá ‘fugidinha’ após classificação
Técnico da seleção feminina já conquistou o ouro em três oportunidades e esteve em 9 Jogos Olímpicos
José Roberto Guimarães não é apaixonado apenas pelo vôlei; ele é do tipo que curte a Olimpíada em sua essência. Antes das quartas de final entre Brasil e República Dominicana, o técnico ficou de olho no desempenho dos representantes nacionais na briga por medalhas e lamentou o resultado. Stephan Barcha ficou em quinto lugar, e Rodrigo Pessoa abandonou a final.
A cobertura dos Jogos de Paris no Terra é um oferecimento de Vale.
E foi justamente o hipismo que Zé Roberto usou para voltar a explicar porque acha que a Olimpíada é um mistério. “Um dos melhores cavaleiros do mundo caiu, o outro, que é um dos melhores cavaleiros do mundo também, perdeu o estribo, saltou, fez uma falta no último obstáculo. Como é que pode acontecer isso? É um mistério.”
Com nove Olimpíadas no currículo, o técnico da seleção feminina já esteve no alto do pódio em três oportunidades, uma com os homens e duas com as mulheres. Porém, mesmo assim, ele diz que cada edição é única. “Eu não tenho experiência em Olimpíada. Nada do que eu vivi, eu vou viver de novo. Porque tudo bem, há vilas, cuidados e tal, mas esses exemplos que acontecem, você fala, do nada acontecem coisas que você fala, pô, aí o outro ganhou a medalha de ouro.”
Zé relembrou a imagem da suíça Gabriela Andersen, que cruzou a linha de chegada cambaleante nos Jogos de Los Angeles, em 1984, mas não desistiu até terminar o percurso da maratona. “É uma imagem que eu vou levar para o resto da minha vida. Ela cambaleando daquele jeito, ela não ganhou uma medalha, mas para mim ela teve uma vitória que poucas pessoas conseguem. Terminar uma corrida daquele jeito e não querendo ser ajudada, mas terminar, sabe? Aquela cabeça é extremamente importante”, opinou.
“Aquele comportamento é extremamente importante. Esse é o que eu chamo de espírito olímpico. Você tentar até o final, tentar até as últimas forças, se exaurir. A imagem que eu tenho de um campeão é um cara exausto, morto, mas tentando”, opinou.
Após a vitória tranquila do Brasil para a semifinal, Zé Roberto conseguiu dar uma “fugidinha” e foi encontrar a esposa e alguns familiares. O técnico saiu caminhando tranquilamente pelo portão da Arena Paris Sul I e foi até o lado de fora. Atendeu vários pedidos de fotos e foi muito atencioso com todos que cruzaram o seu caminho.