Daniel Dias conquista sexto ouro em prova com pódio 100% brasileiro
17 nov2011 - 21h08
(atualizado em 18/11/2011 às 10h05)
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Pela sexta vez nessa edição dos Jogos Parapan-Americanos, Daniel Dias venceu sem dar chances na natação. Nesta quarta-feira, ele triunfou nos 50 m livre S5 com direito a novo recorde parapan-americano, determinando o primeiro pódio 100% brasileiro em Guadalajara: Clodoaldo Silva conquistou a medalha de prata e Francisco Avelino terminou com o bronze, no terceiro lugar.
Na qualificação das categorias, a letra S diz respeito ao tipo de prova (swimming, natação em inglês), podendo ter adendos como SB (swimming breast, nado peito) e SM (swimming medley). O número faz referência ao grau de deficiência. Quanto maior o número, maior a dificuldade do atleta. De 1 a 10 reúne nadadores com limitações físico-motoras, de 11 a 13, nadadores com deficiência visual, e 14 trata de nadadores com deficiência mental.
Na categoria S5, Daniel Dias dominou e venceu com tempo de 32s80, baixando ainda mais o recorde de sua autoria, registrado no Parapan do Rio de Janeiro, em 2007 (34s24). O brasileiro ainda é o dono do recorde mundial, de 32s27. Pouco mais de 2s atrás, Clodoaldo Silva chegou para conquistar a medalha de prata, com 35s45. Mais longe, Avelino Francisco pegou a terceira colocação, com 43s98.
Trata-se da sexta medalha de ouro de Daniel Dias em Guadalajara. Antes, ele venceu também nos 50 m borboleta S5, 100 m peito SB4, 200 m medley SM6 e nos revezamentos 4x50 m livre e 4x100 m livre. No Parapan do Rio de Janeiro, já havia tido grande desempenho, ao conquistar oito medalhas
Mais medalhas
Em outras duas provas, o Brasil contou com chances de colocar três nadadores no pódio, mas não conseguiu o mesmo sucesso. Nos 100 m S6, Adriano de Lima conquistou a medalha de prata, ao terminar a prova em 1min12s72, apenas 1s03 mais lento do que o vencedor, o colombiano Rafael Castillo. O bronze ficou com o colombiano Daniel Londono. Talisson Glock chegou em quinto e Jeferson Amaro, em oitavo.
Já nos 200 m SM8, dois representantes do País conseguiram pódio: Caio Oliveira ficou em segundo, com Carlos Lopes Maciel em terceiro. Os dois só não foram melhores do que o mexicano Luis Andrade Guillen, que cravou o novo recorde parapan-americano da prova: 2min38s86. Nélio Almeida também participou, mas terminou com o quinto lugar.
Depois de receber os Jogos Pan-Americanos de 2011, Guadalajara agora tem sido a casa dos paratletas no Parapan. Durante esta semana, a cidade mexicana é palco para desportistas superarem as próprias limitações físicas, emocionando o público com as demonstrações de esforço, garra e amor ao esporte. Confira, a seguir, as mais belas imagens do torneio:
Foto: Bruno de Lima/Fotocom/CPB / Divulgação
Daniel Silva ajudou o Brasil a fazer duas dobradinhas nas provas de 100 m e 200 m da categoria T11 (para atletas com deficiência visual); ele só ficou atrás de Lucas Prado, ouro e recordista parapan-americano das duas provas
Foto: Bruno de Lima/Fotocom/CPB / Divulgação
Alan Fonteles perdeu as duas pernas ainda bebê, mas, com próteses, passou a disputar provas do atletismo
Foto: Bruno de Lima/Fotocom/CPB / Divulgação
Andre Brasil é um dos maiores nomes da natação paraolímpica mundial; em Guadalajara, ele já ganhou quatro medalhas de ouro
Foto: Fernando Maia/Fotocom/CPB / Divulgação
Ariosvaldo Silva é um dos destaques das provas mais rápidas da classe T53 do atletismo, para atletas que competem em cadeiras de rodas
Foto: Patricia Santos/Fotocom/CPB / Divulgação
Carlos Lopes não conteve as lágrimas ao subir no pódio dos 100 m peito SB8, para nadadores com limitações físico-motoras
Foto: Fernando Maia/Fotocom/CPB / Divulgação
Lopes venceu a disputa dos 100 m peito com o tempo de 1min21s43, superando por pouco o mexicano Luis Andrade, prata com 1min21s96
Foto: Fernando Maia/Fotocom/CPB / Divulgação
Carlos Carbinati levou uma das nove medalhas de ouro do tênis de mesa brasileiro no Parapan
Foto: Fernando Maia/Fotocom/CPB / Divulgação
Centro Aquático Scotiabank presenciou diversos exemplos de superação de atletas durante o Parapan
Foto: Cleber Mendes/Fotocom/CPB / Divulgação
Prova de perseguição do ciclismo de pista teve uma das muitas disputas entre brasileiros e argentinos em Guadalajara
Foto: Bruno de Lima/Fotocom/CPB / Divulgação
Deficiente visual, Daniel da Silva conta com a ajuda de guia para disputar as provas em Guadalajara
Foto: Bruno de Lima/Fotocom/CPB / Divulgação
Edson Pinheiro deixa o bloco para conquistar mais uma medalha para o Brasil no Parapan: ele foi ouro nos 100 m e prata nos 400 m T38 (para atletas com paralisia cerebral)
Foto: Patricia Santos/Fotocom/CPB / Divulgação
Felipe Gomes não conquistou medalhas nos 100 m T11, mas nem por isso lamentou: ele comemorou muito o resultado com o guia
Foto: Bruno de Lima/Fotocom/CPB / Divulgação
Felipe Gomes teve a forte concorrência de Lucas Prado nas provas de velocidade da classe T11
Foto: Bruno de Lima/Fotocom/CPB / Divulgação
Uma das potências no futebol de cinco, para atletas com deficiência visual, o Brasil fez bonito contra o Uruguai
Foto: Luciana Vermell/Fotocom/CPB / Divulgação
Contra os uruguaios, o camisa 10 Ricardinho conseguiu marcar dois gols na vitória por 5 a 1
Foto: Luciana Vermell/Fotocom/CPB / Divulgação
Camisa 7, Jefinho marcou os outros três do Brasil contra os rivais uruguaios
Foto: Luciana Vermell/Fotocom/CPB / Divulgação
Apenas nas categorias individuais do tênis de mesa, Brasil garantiu nove medalhas de ouro no Parapan
Foto: Getty Images
Maria Ortiz, mexicana, disputa prova do arremesso de peso; ela foi campeã da classe F57/58
Foto: Getty Images
Uma das modalidades mais curiosas do Parapan é a disputa do vôlei sentado
Foto: Getty Images
Vizinhos, Estados Unidos e México se enfrentaram no vôlei sentado masculino; os americanos venceram os anfitriões do Parapan por 3 sets a 0
Foto: Getty Images
Sheila Finder, que também disputa o salto em distância, conseguiu uma medalha para o Brasil em outra prova em Guadalajara