Lucas Prado decepciona, Guilhermina brilha e Brasil ganha 16 medalhas
O último dia de competições do atletismo para os brasileiros nos Jogos Parapan-Americanos contou com uma grande decepção - a desclassificação de Lucas Prado nos 400 m T11 -, uma merecida consagração, com o terceiro ouro de Terezinha Guilhermina em Guadalajara, e mais 16 medalhas para o quadro, sendo seis de ouro, oito de prata e duas de bronze. Além disso, Daniel Silva quebrou o recorde mundial dos 400 m.
Veja o quadro de medalhas dos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara
Na classificação das categorias do atletismo, a letra diz respeito ao tipo de prova: T (track, pista em inglês) ou F (field, campo em ingês). O número trata do grau de deficiência dos atletas. Quanto maior o número, maior a dificuldade: de 11 a 13 reúne deficientes visuais, 20 trata de deficientes mentais, de 31 a 38 contém paralisados cerebrais, de 41 a 46 se refere a amputados, e de 51 a 58 competem em cadeira de rodas.
Ouro nos 100 m e 200 m T11, Lucas Prado foi para a disputa dos 400 m nesta mesma categoria como favorito absoluto, dono do recorde parapan-americano. A prova prometia ser uma festa verde e amarela, já que havia apenas quatro atletas na final, sendo três brasileiros. O atleta, no entanto, foi desclassificado e ficou sem medalha. Mas Daniel Silva fez as honras e venceu com 49s82, quebrando o recorde mundial de 50s03 do angolano José Armando Sayovo.
Carlos Barto Silva, outro brasileiro a competir, terminou com o bronze, superado pelo cubano Arian Iznaga, medalhista de prata. A decepção de Lucas Prado não foi repetida quando outra grande para-atleta do Brasil foi para a pista: Terezinha Guilhermina. Depois de triunfar nos 100 m T11 e 200 m T11, ela venceu também os 400 m T12 cravando novo recorde parapan-americano: 24s96.
O favoritismo foi confirmado, já que a atleta também é a recordista mundial da prova, com 24s74. A disputa que consagrou Terezinha Guilhermina também contou com três brasileiros entre apenas quatro concorrentes. Jerusa Geber Santos garantiu a dobradinha ao ficar com a prata, mas a mexicana Casandra Guadalupe Cruz virou "intrusa" por deixar Jhulia Santos fora do pódio.
Odair Santos foi outro a conquistar o ouro e quebrar o recorde parapan-americano: fez os 5.000 m T11 em 16min06s26, baixando a marca registrada pelo mexicano Luis Zapien Rosas no Rio de Janeiro, em 2007. Em uma prova diferente, Claudiney Batista dos Santos também se tornou o novo dono da marca pan-americana: lançou seu dardo a 37,22 m para conquistar a medalha de ouro na categoria F57-58.
Paulo Souza, no arremesso de disco F35-36, e Francisco Coelho da Silva, nos 1.500 m T37, foram os outros brasileiros que subiram no lugar mais alto do pódio neste último dia de atletismo brasileiro em Guadalajara. Resta uma prova para ser disputada: a maratona masculina, no domingo, na qual nenhum representante do País competirá.
Assim, o Brasil fecha o Parapan liderando o quadro de medalhas do atletismo com 60 pódios: 27 ouros, 23 pratas e 10 bronzes. São quatro medalhas a mais, com vantagem de dois ouros em relação aos Estados Unidos, o que garante ao País o "título" de melhor desempenho nas pistas e campos de Guadalajara.
Confira as medalhas do atletismo brasileiro nesta sexta-feira
OURO
5.000 m T11
Odair Santos
Lançamento de dardo F57-58
Claudiney Batista dos Santos
Lançamento de Disco F35-36
Paulo Souza
200 m T11
Terezinha Guilhermina
1.500 m T37
Francisco coelho da Silva
400 m T11
Daniel Silva
PRATA
800 m T12
Thierb Siqueira
200 m T11
Jerusa Santos
200 m T12
Ana Soares
200 m T13
André Andrade
200 m T44
Alan Fonteles
200 m T37
Lucas Ferrari
400 m T13
André Andrade
400 m T53
Ariosvaldo Fernandes Silva
BRONZE
400 m T11
Carlos Barto Silva
400 m T46
Yohansson Nascimento