Peso importa? Gordinha dá trabalho ao Brasil no handebol
Adriana Cabrera, de Porto Rico, estava nitidamente acima do peso na estreia do handebol, mas mesmo assim deu muito trabalho em quadra
Nem sempre o peso interfere no desempenho de um atleta em um esporte. Nesta quinta-feira, uma jogadora de Porto Rico mostrou isso em quadra contra o Brasil, na estreia de ambas as seleções de handebol nos Jogos Pan-Americanos de 2015. Adriana Cabrera, número 2 da seleção local, estava nitidamente com muitos quilos a mais do que todos as outras jogadoras no confronto, mas nem por isso teve atuação ruim.
Muito pelo contrário: em quadra, Cabrera foi um dos destaques de Porto Rico. Até pelo seu tamanho, a jogadora dificilmente era parada pelas brasileiras, que em muitos momentos apelavam para faltas. A portorriquenha só entrava em quadra para atacar e mostrava claramente dificuldade quando tinha que correr para voltar à defesa – lembrou Ronaldo e Adriano, no fim de suas carreiras, e o atacante Walter, do Atlético-PR.
A garota de apenas 22 anos, que já competiu no Pan de Guadalajara, em muitos momentos saía ofegante de quadra e se esticava no banco de reservas. Passava um tempo se hidratando e logo era colocada novamente para atazanar a defesa brasileira, que não conseguia segurar suas infiltrações.
Não à toa, Adriana Cabrera terminou com dois gols em quatro tentativas na partida – em um dos arremessos errados, conseguiu cavar um falta de sete metros para as portorriquenhas. E adivinha de qual distância foram marcados os dois gols da garota? De seis metros, a famosa “banheira” do handebol. Mais centroavante, impossível.
Após o jogo, Cabrera ainda se mostrou tímida. A reportagem do Terra chamou a atleta para conversar sobre seu ótimo rendimento, mas ela apenas deu um sorriso envergonhado e se retirou para os vestiários. Para a portorriquenha, ao menos, peso não importa.