Badminton faz história, mas medalha olímpica “só” em 2024
O badminton brasileiro fez história em Toronto ao triplicar o número de medalhas conquistadas nas últimas edições dos Jogos Pan-Americanos. Mas não se empolgue! Isso não significa que o Brasil já pode pensar em conquistas olímpicas já na edição do Rio de Janeiro em 2016. Pelo menos é o que garante Beto Santini, diretor técnico da Confederação Brasileira de Badminton (CBBd).
Para os Jogos Olímpicos Rio 2016, a Seleção Brasileira terá dois convites por ser o país-sede: um masculino e outro feminino. Nas duplas, dificilmente a equipe conseguirá atingir o ranking necessário para alcançar alguma vaga. A medalha pode até vir, mas será recebida com extrema surpresa pela CBBd.
“Já pensamos há muito tempo em medalha olímpica, mas nosso planejamento, se dermos continuidade no que está sendo feito, é participar em 2020 como classificados pelo ranking e em 2024 ter condições de subir no pódio”, planeja Santini.
O diretor técnico admite que o desempenho no Canadá tem agradado as autoridades brasileiras, mas que isso não ajudará em relação ao dinheiro recebido através da Lei Agnelo/Piva, que repassa uma parte da verba das loterias ao Comitê Olímpico Brasileiro.
“Isso não é político. Infelizmente é por meritocracia, a conta funciona através das medalhas conquistadas na Olimpíada. Aí nos complica. Mas temos outras portas de investimento, como a participação de empresas privadas e públicas que não temos nada hoje. Hoje, 100% da nossa verba do COB. Então temos outras opções para abrir portas que estão fechadas hoje”, explicou Santini.
Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB, esteve presente nas partidas preliminares do badminton na última segunda-feira. Para Santini, isso já representa uma mudança na forma com que a entidade brasileira olha para o badminton.
“Temos recebido muitos elogios em relação ao trabalho. De fato é a melhor participação do badminton de todos os tempos. É importante, sim. É importante porque o COB passa a descobrir o badminton não só como modalidade olímpica, mas sim como um esporte que pode ajudar o Brasil no quadro de medalhas”, finalizou.