Vôlei: sem Jaqueline, Brasil usa "todas armas" e vence EUA
Mesmo sem a presença da sua jogadora mais experiente, Brasil mostrou poder de reação para seguir invicto no vôlei feminino do Pan
Sem a presença da ponteira Jaqueline, jogadora mais experiente do grupo que está em Toronto, a Seleção Brasileira sofreu, mas segue invicta dentro dos Jogos Pan-Americanos de 2015. O técnico José Roberto Guimarães mostrou que ainda não está muito certo do time titular e explorou todas as opções que tinha no banco de reservas. Destaque principalmente para a entrada da oposto Rosamaria, que assim como aconteceu contra Porto Rico melhorou o time em quadra. Com os nervos à flor da pele, a partida terminou 3 sets a 2, parciais de 22/25, 25/21, 18/25, 25/22 e 15/11.
O resultado põe o Brasil direto na semifinal da competição, sem a necessidade de participar das quartas e com um dia a mais de folga em relação a quem ficou em segundo e terceiro dos Grupos A e B. Na outra chave, a República Dominicana avançou direto à semifinal.
A ausência de Jaqueline aconteceu por conta de dores na lombar, que a impediram de entrar em quadra durante toda a partida. Zé Roberto começou com Mari Paraíba em seu lugar. Mas durante o jogo chegou a testar Michelle durante quase um set inteiro. A única jogadora que começou no banco e não entrou em quadra foi mesmo Jaqueline.
No primeiro set, após um início melhor, o Brasil sofreu demais com erros de recepção e saques forçados dos Estados Unidos. Sem ter a presença da capitã, a bola de segurança da levantadora Macris era principalmente a ponteira Fernanda Garay. Mas com falhas no passe, a Seleção viu as duas jogadoras mais experientes das americanas desequilibrarem a parcial. Kristin Hildebrand e Nicole Fawcett tomaram as rédeas do jogo e não foram neutralizadas pelas jogadoras nacionais. Após um erro de saque de Joycinha, os Estados Unidos fecharam em 25 a 22.
No segundo set, uma alteração providencial do técnico José Roberto Guimarães mudou o cenário do jogo. Com erros constantes de Joycinha, o treinador colocou Rosamaria na quadra. A camisa 1 tomou conta da posição, assim como já tinha feito no duelo contra Porto Rico, e a Seleção Brasileira passou a dominar a parcial, fechando em 25 a 21.
No terceiro set, a equipe verde e amarela voltou irreconhecível. Parecendo um jogo entre times de níveis muito distintos, as americanas chegaram a abrir 12 a 3 na parcial. Foi aí que Zé Roberto usou todas as armas que restavam no banco. Tentou a inversão, colocando Ana Tiemi e Joycinha no lugar de Macris e Rosamaria. Tirou Mari Paraíba e colocou Michelle. Trocou Angélica por Bárbara. A Seleção até esboçou uma reação, mas a diferença era grande e impossível de impedir que os Estados Unidos fechassem em 25 a 18.
No quarto set, a Seleção Brasileira, assim como aconteceu na segunda parcial, chegou a dominar a primeira parte e foi até o segundo tempo técnico com uma vantagem no placar. As americanas chegaram a igualar o marcador, mas a Seleção contou principalmente com o apoio da torcida para desequilibrar e conseguir fechar a parcial em 25 a 22, com um bloqueio simples de Mari Paraíba.
No tie-break veio o set mais equilibrado e dos mais emocionantes da competição até o momento. Com as duas equipes revezando a todo tempo no marcador, o bloqueio foi que fez diferença a favor das brasileiras. Com Bárbara e Joycinha funcionando bem juntas, as brasileiras abriram dois pontos de vantagem e contaram com a torcida inflamada para deixar as americanas perdidas em quadra. Com dois erros americanos, a equipe de Zé Roberto conseguiu uma virada que dá moral para a equipe na competição.
Ranking Geral | País | Ouro | Prata | Bronze | TOTAL |
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1 | Estados Unidos | 65 | 55 | 49 | 169 |
2 | Canadá | 55 | 51 | 42 | 148 |
3 | Brasil | 30 | 29 | 43 | 102 |
4 | Colômbia | 24 | 8 | 24 | 56 |
5 | Cuba | 23 | 18 | 28 | 69 |
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