“Damos todo apoio para loucuras do Cielo”, diz chefe da CBDA
Fora do Pan para se preparar para o Mundial de Kazan, Cesar Cielo tem apoio da CBDA para fazer "loucuras", segundo presidente
Maior astro da natação brasileira, Cesar Cielo é a principal baixa nos Jogos Pan-Americanos de 2015, que são disputados na cidade de Toronto. O nadador preteriu a competição para se preparar na Europa para o Mundial de Kazan, que ocorre na sequência do Pan, ainda em julho. O presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Coaracy Nunes, preferiu não entrar em polêmica com a estrela e disse que a organização apoia todas as "loucuras" dele.
"O Cielo é um nadador hoje que toma conta da vida dele. A CBDA dá todo apoio para as loucuras que ele quer fazer. Todo o apoio. Aliás, todos esses atletas aqui tiveram apoio total do COB, da CBDA e do ministério, ninguém pode se queixar de nada. Eles reconhecem isso. Não vou dar opinião na vida dele. Natação é um esporte individual e tem que ser respeitada a vontade do atleta", contou ao Terra o mandatário, após acompanhar vitória do polo aquático feminino brasileiro.
Em Toronto, o Brasil vai com quase todos os nadadores que devem estar presentes nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro - Cielo é uma das raras exceções de desistência por causa do Mundial e disputou recentemente o Aberto da França, com rivais de todo o mundo. Mesmo sem o nadador paulista, o presidente da CBDA acredita que o País tem chance de medalhas até na prova especifica dele, os 50 m.
"Para nós não foi ruim ele não vir, trouxemos uma equipe muito forte para o Pan de natação. Vamos ganhar muitas provas, até mesmo a prova do Cielo. Temos o Santana (Matheus Santana, da nova geração de nadadores) e o garoto do Pinheiros (Bruno Fratus)", exaltou.
Coaracy Nunes está no poder da confederação há 26 anos, no sétimo mandato. Por isso, até exerce influência política nos bastidores das competições. Mas o dirigente preferiu não criticar diretamente Julio César Maglione, presidente da Federação Mundial de Natação (Fina) e da Organização Esportiva dos Países Americanos (Odepa). Apesar de chefiar as duas entidades, o mandatário marcou para o mesmo mês o Mundial Aquático e o Pan de Toronto - o fato foi ironizado até por Marcus Vinícius Freira, superintendente do COB, recentemente.
"Eu tenho alguns poderes aqui, mas não tantos. Eu não me meto nisso aí porque cria problema de antipatia com árbitro, uma m.... É melhor eu ficar fora desse negócio. É complicado, mas nós não entramos no mérito porque a dificuldade que esse pessoal teve foi muito grande. Mas acho que para o Brasil foi muito bom porque estamos conseguindo fazer um treinamento altamente técnico com essas partidas todas", opinou Coaracy Nunes.