Vice entre Cuba e Canadá? Falta combinar com Brasil, diz COB
Comitê Olímpico Brasileiro acredita que pode terminar quadro geral de medalhas atrás apenas dos Estados Unidos
Os Jogos Pan-Americanos de Toronto nem bem começaram – a abertura, inclusive, acontece apenas sexta-feira – e o Time Brasil já tem definido seus maiores adversários para a competição. Com Estados Unidos descartado, já que os americanos devem sobrar novamente nesta edição, os brasileiros devem disputar cabeça a cabeça com Canadá e Cuba para quais os outros dois países que completarão o top 3 final do quadro de medalhas.
Pelos menos é esse o pensamento do chefe de delegação Bernard Rajzman, que falou com a imprensa internacional nesta terça-feira. “Os nossos amigos cubanos e canadenses disseram aqui que querem ser segundos, mas nós também. Faltou combinar com a gente, que também quer”, brincou.
“A gente sabe o quanto trabalhou pra isso, os resultados têm surgido e a nossa confiança é total que a gente vai estar lá. Se não tivermos ambição não ganhamos nada. Os Estados Unidos devem liderar novamente, mas faremos uma luta dura pela segunda ou terceira posição. Isso é o que faz o esporte ser o que é, uma competição saudável que no campo é uma guerra, mas do lado de fora está todo mundo abraçado”, completou Bernard.
Porém, para superar esses dois adversários, não é apenas necessário ganhar mais medalhas, mas sim conquistar mais ouros do que seus rivais diretos. Em Guadalajara, 2011, o Brasil subiu ao pódio cinco vezes a mais que Cuba, mas perdeu o segundo lugar por ter dez medalhas douradas a menos. Bernard, que foi um dos ícones da geração de prata do vôlei em 1984, lamentou esse critério.
“O Brasil não com total de ouros, a gente conta o total de medalhas. Na minha conta pessoal, você entrar numa final em esportes individuais ou qualquer que seja é sempre uma evolução se você relacionar com resultados anteriores. Mas como a medalha é o que conta, infelizmente a interpretação da medalha de ouro é sempre mais forte, não é uma criação nossa, a gente não pensa dessa forma. É bem melhor ser medalhista do que não ser”, finalizou.