Em último Pan, Murer se despede com alegria e moral em alta
Brasileira é prata nos Jogos Pan-Americanos de Toronto e repete resultado de Guadalajara 2011
Fabiana Murer foi uma das atletas olímpicas mais criticadas por torcedores pelos desempenhos nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008 e Londres 2012. Em ambos chegou pressionada por brigar por medalha, mas enfrentou contratempos como sumiço da vara e “problemas com o vento”.
Campeã mundial do salto com vara em 2011, a brasileira fez em Toronto a sua última participação em Jogos Pan-Americanos. Ouro no Rio 2007 e prata em Guadalajara 2011, a saltadora tinha duas fortes adversárias na luta pelo ouro: a americana Jennifer Suhr, campeã olímpica em Londres, e a cubana Yarisley Silva, prata na última Olimpíada e campeã pan-americana no México.
Mais solta e com a técnica mais evoluída, segundo a própria brasileira, Fabiana repetiu a sua melhor performance do ano ao saltar 4,80 m, mas não conseguiu mais 5 cm para seguir na briga pelo ouro, terminando com a prata. Yarisley saltou 4,85 e confirmou o bi pan-americano. No pódio, a brasileira não ficou constrangida e esboçou sorrisos com a medalha no peito.
“Fiquei surpresa quando Jennifer (Suhr) disse que vinha. Isso aumenta o nível da prova e faz a gente buscar marcas melhores. É uma motivação a mais”, disse Murer, que ficou à frente da campeã olímpica.
Murer admitiu que Toronto “foi uma despedida” em Pan-Americanos. No entanto, a brasileira segue em busca de novas conquistas, como uma boa performance no Mundial de Pequim, em agosto, e a medalha olímpica no Rio de Janeiro. “Consegui aqui repetir a melhor marca do ano”, comentou. “Foi muito legal essa disputa e saio muito contente (com a medalha de prata)”, completou.
A saltadora comentou que precisa fazer alguns ajustes para chegar aos 4,85 e 4,90 m nessas próximas competições, marcas necessárias para conseguir a sonhada medalha de ouro. O melhor salto da atleta é de 4,85 m em San Fernando, em 2010, e repetido em Daegu, no Mundial da Coreia do Sul de 2011.