Hugo Hoyama consola choro e elogia evolução de Lin Gui
Um dos nomes mais consagrados do tênis de mesa do Brasil, Hugo Hoyama foi muito mais do que um técnico para a chinesa naturalizada brasileira Lin Gui no último sábado. Ao perder a final do individual feminino nos Jogos Pan-Americanos, a jogadora desabou nos ombros do treinador, que a consolou e elogiou sua evolução, mas também deixou claro que cobrará algumas observações que não lhe agradaram na decisão.
“Ela falou que faltou pouco. Não tem porque ela pedir desculpas para mim. Sei que ela fez o melhor e que realmente faltou pouco. Só fico triste pelo jeito que foi a derrota. Na hora importante, ela não conseguiu manter o ritmo que estava tendo. Não é que vou relevar isso, mas temos que trabalhar mais. Só passando por situações como essas que ela vai aprender”, disse Hugo Hoyama após a derrota.
O treinador brasileiro não gostou de alguns fatores técnicos no jogo de Lin Gui, mas elogiou a evolução psicológica da atleta. “A americana foi mais forte no final, e Lin Gui acabou sendo passiva, tecnicamente falando. Depois tenho que conversar com ela para ver o que ela estava pensando no momento. Não digo que foi apática, mas não arriscou como deveria. Faltou um pouco de experiência, mas isso é uma coisa para se estudar e trabalhar em cima. Já na parte psicológica melhorou muito”, completou.
Apesar da medalha de prata, Lin Gui não garantiu vaga direta para os Jogos Olímpicos. No entanto, isso não deve atrapalhar sua presença no Rio de Janeiro no ano que vem. Ela ainda terá um torneio pré-olímpico pela frente. Se não conseguir a vaga por lá, pode entrar como uma das escolhas da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa, através de um convite por ser país-sede.
“A vaga olímpica vai depender da competição em abril do ano que vem, em Santiago, no Chile. Já temos uma brasileira garantida no individual, mas vamos estudar. É claro que esse resultado pode ajudar, mostra que a chance da Lin Gui é muito grande. Tenho plena confiança de que teremos duas atletas no individual, que é o máximo que um país pode ter (uma pelo pré-olímpico e outra pelo convite)”, finalizou Hugo.